“A Hipnose não é uma panaceia universal,
mas ela pode acelerar o tratamento.
A vantagem é que ela torna o processo mais objetivo e
potencializa os instrumentos psicológicos
usados nas terapias”
Médico e Psicólogo Rui Fernando Cruz Sampaio.
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Hipnose ajuda no tratamento de fobias e distúrbios psicológicos
Nos consultórios, transtornos psiquiátricos, como depressão e fobias, vêm sendo combatidos com êxito e de forma mais rápida com a ajuda da prática
Apesar de ter sido usada há séculos, os efeitos da hipnose só foram comprovados cientificamente na década de 1990. Um grupo de psiquiatras e neurologistas dos Estados Unidos conseguiu, por meio de tomografia computadorizada, detectar as alterações que o transe hipnótico provoca no cérebro do paciente, que responde a comandos do hipnotista. Desde então, o método tem sido cada vez mais aceito como recurso auxiliar em uma infinidade de tratamentos.
“A hipnose não é uma panaceia universal, mas ela pode acelerar o tratamento. A vantagem é que ela torna o processo mais objetivo e potencializa os instrumentos psicológicos usados nas terapias” , disse o médico e psicólogo Rui Fernando Cruz Sampaio.
Nos consultórios, transtornos psiquiátricos, como depressão e fobias, vêm sendo combatidos com êxito e de forma mais rápida com a ajuda da hipnose. O procedimento também tem sido usado em terapias contra alcoolismo, tabagismo, dependência química e obesidade causada por compulsividade alimentar. Não por acaso, o Conselho Federal de Psicologia (CFP), ainda em 2000, foi a primeira entidade a reconhecer e regulamentar a hipnose como recurso auxiliar no tratamento.
“Não há levantamentos, mas, pelo que vemos na prática e pelo número de cursos disponíveis, podemos dizer que é uma técnica que está aumentando” , disse o presidente do Conselho Regional de Psicologia do Paraná, Guilherme Bertassoni. Ele mesmo se formou em três cursos de hipnose.
Posteriormente, os conselhos profissionais de medicina, odontologia, fisioterapia e terapia ocupacional também se abriram à prática. Em pequenas cirurgias, por exemplo, a técnica chega a substituir a anestesia em pacientes alérgicos ou cardíacos (apenas para pessoas que conseguem entrar em transe sonambúlico, o estágio mais profundo da hipnose). O procedimento também é aplicado em partos naturais, para que a parturiente sinta menos dor.
“Outra pessoa”
Há dois meses, Alice* (*nome fictício), de 18 anos, sequer saía de casa. O cérebro dela produz pouco serotonina – neurotransmissor associado à sensação de bem estar – e, por causa disso, ela acabou desenvolvendo depressão e síndrome do pânico. Há 45 dias, começou a fazer terapia, com recurso auxiliar de hipnose. Em quatro sessões, já sentiu a diferença. “Eu saio com minhas amigas, vou ao shopping. Já sou outra pessoa”, disse.
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