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Hipnose, prática já usada por integrante do novo ‘BBB’, anda fazendo a cabeça de muito carioca
Sessões gratuitas ao ar livre são oferecidas no Arpoador, na Quinta da Boa Vista e na Zona Portuária
Das praias à nova edição do “Big Brother Brasil”, a Hipnose tem feito a cabeça de muita gente. Nos primeiros dias do reality show da TV Globo, o Hipnólogo e Youtuber Pyong Lee usou a técnica para ajudar um outro integrante do programa a se livrar de uma dor. Foi o suficiente para o assunto tomar conta das redes sociais. Como um pulo separa a vida virtual da real… No Rio de Janeiro, que adora um modismo, já tem Hipnose até ao ar livre.
O projeto responde pelo nome de Street Hipnose RJ e oferece sessões gratuitas nos fins de semana. O “paciente” pode ser abordado no Arpoador, na Quinta da Boa Vista ou na Zona Portuária.
— O objetivo é aproximar essa técnica das pessoas e fazer com que o preconceito acabe. Nos eventos, para provar que a Hipnose existe, fazemos quem está Hipnotizado esquecer o número do telefone e até o próprio nome — conta Jayleno Souza da Costa, criador do projeto, que começou em 2016.
A Hipnose costuma despertar certa desconfiança em quem nunca teve contato com a prática, mas especialistas afirmam que a técnica funciona e que pode ser usada para solucionar até traumas.
— Neste procedimento, um especialista sugere mudanças comportamentais e cognitivas, para que a pessoa tenha algum tipo de ganho com a sugestão. Durante a sessão, o paciente entra em um novo estado mental. A Hipnose reduz o setor crítico — explica Eduardo Rocha, Hipnoterapeuta e especialista em programação neurolinguística.
A ideia de que a pessoa, quando Hipnotizada, fica totalmente suscetível às ordens dadas pelo Hipnólogo é um erro, garante quem atua na área. Segundo eles, tudo que acontece durante as sessões é resultado de um trabalho em conjunto.
— São duas pessoas trabalhando para construir uma nova realidade, e não uma manipulando a outra. É como se o Hipnólogo fosse um GPS, e o sujeito que está na Hipnose, o motorista. O GPS só indica o caminho, mas quem decide ou não seguir é o motorista — explica o psicólogo e Hipnólogo Romanni Souza.
A servidora pública Adriana Fontes, de 54 anos, se considera outra pessoa depois que fez três sessões de Hipnose para ajudar no tratamento de sua depressão.
— Estou mais segura e atuante. Até o meu tom de voz mudou — conta.
Nem todos podem fazer
Mas há contraindicações. Nos casos de alívio de dor, por exemplo, eliminá-la pode camuflar um problema mais grave.
— Gestantes devem evitar técnicas de Hipnose que envolvam fortes descargas emocionais. O estresse pode chegar até o bebê por meio de reações fisiológicas, da liberação de hormônios como cortisol e adrenalina — alerta Erick Heslan, presidente da Sociedade Brasileira de Hipnose.
Outros efeitos adversos podem estar relacionados a enrijecimento prolongado de músculos, criação de falsas memórias e confusão mental. Especialistas afirmam, porém, que esses problemas estão ligados à má pratica profissional.
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