Hipnose é tratamento de baixo custo a vítimas de queimaduras na Suíça

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Hipnose é tratamento de baixo custo a vítimas de queimaduras na Suíça

SIMONETTA CARATTI
DO “LA REGIONE TICINO”

A Hipnose vem sendo cada vez mais usada nos tratamentos médicos, e hospitais da região francesa da Suíça lideram o processo. Na unidade de queimaduras graves do CHUV de Lausanne, ela é usada em base cotidiana. Um estudo demonstrou que a Hipnose reduz o tempo que os pacientes passam em terapia intensiva e economiza 19 mil francos suíços por paciente, e o hospital agora deseja expandir essa prática a outros departamentos.

“Se a Hipnose fosse um medicamento, já estaria sendo usada em todos os hospitais, mas, porque é uma abordagem, precisa superar barreiras culturais”, diz Pierre-Yves Rodondi, médico do Instituto Universitário de Medicina Social e Preventiva, no CHUV. “Estamos avaliando em que áreas usar a Hipnose, e existe muita demanda por isso no hospital”, explica o diretor do centro de medicina suplementar e complementar.

No CHUV, a Hipnose não desperta imagens de pessoas reduzidas à condição de zumbis, manipuladas por mágicos de jaleco branco. Nada disso. O pragmatismo superou todos os temores. “Há estudos científicos, infelizmente ignorados por grande parte da comunidade médica, que demonstram a efetividade da Hipnose na administração da dor; é uma ferramenta que deveria ser integrada ao tratamento. Funciona para quase todos, mesmo para os céticos”, explica Rodondi.

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O psiquiatra Eric Bonvin durante palestra no instituto franco-suíço de Hipnose, que treina 40 novos especialistas por ano.

De fato, de acordo com um estudo científico executado pelo Hospital da Universidade de Lausanne (CHUV), e publicado pela revista científica “Burns“, a Hipnose ajuda os pacientes com queimaduras severas a se recuperarem mais rápido e reduz o custo da terapia; reduz a ansiedade, o uso de medicamentos, a necessidade geral de anestésicos e, em média, diminui em cinco dias a passagem dos pacientes pela unidade de terapia intensiva.

Com a economia média de 19 mil francos suíços por paciente, bastaria tratar por Hipnose nove vítimas de queimadura ao ano para cobrir o custo de um especialista nesse campo.

TRATAMENTO DE BAIXO CUSTO PARA QUEIMADURAS

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Maryse Davadant, enfermeira e pioneira no uso da Hipnose no hospital Chuv hospital, na Suíça.

O estudo –conduzido com 23 pacientes vítimas de queimaduras severas tratados por Hipnose e um grupo de controle de pacientes tratados tradicionalmente– gerou resultados muito positivos.

Para o grupo tratado por Hipnose, a dor e a ansiedade diminuíram significativamente; o número de sessões psiquiátricas foi reduzido e as doses de opiáceos e sedativos administrados para tratar de intervenções médicas ou cirúrgicas muito dolorosas também foi reduzido.

Os ferimentos se curam mais rápido, como comprovado pela redução no número de enxertos de pele aplicados ao grupo dos “Hipnotizados”. “Isso pode se relacionar a um nível de estresse mais baixo, mas essa é apenas a nossa hipótese”, disse Maryse Davadant, enfermeira na unidade de terapia intensiva e pioneira no uso de Hipnose pelo CHUV.

“Em média, começamos a primeira sessão alguns dias depois da internação do paciente, quando ele já não está entubado e incapaz de se concentrar. Ensinamos ao paciente como se Hipnotizar; essa é uma ferramenta que ele sempre terá, e os efeitos analgésicos perduram mesmo depois da terapia. Temos dois enfermeiros na unidade de terapia intensiva que só fazem Hipnose”, explica Davadant.

Quando perguntada sobre as reações dos pacientes, Davadant disse que “oferecemos essa opção a todos os pacientes; alguns já a conhecem, e se interessam. Outros são mais céticos. Mas quase todo mundo escolhe experimentar, e termina satisfeito”. No entanto, nem todos os pacientes de queimaduras podem ser tratados por Hipnose, especialmente no caso de pacientes mais idosos, confusos ou sob a influência de drogas.

FUNCIONA COMO MORFINA NO CÉREBRO

Já que os medicamentos estão se tornando cada vez mais tecnológicos, é difícil criar uma aliança terapêutica cujo foco seja o paciente. “A Hipnose torna a medicina mais humana. Além disso, as equipes de gestão de hospitais compreenderam os benefícios da Hipnose: ela acelera a cura, aumenta a satisfação do paciente, encurta as internações e economiza dinheiro”, diz o psiquiatra Eric Bonvin, especialista em Hipnose e professor do Departamento de Psiquiatria da Universidade de Lausanne.

Ele explica o que acontece no cérebro: “A Hipnose ativa as áreas da imaginação. Tudo é visto como se fosse verdade. A imaginação é um aliado poderoso contra o medo e contra a dor. A Hipnose tem efeito semelhante ao da morfina, agindo sobre as áreas da percepção de dor e alterando essa percepção, ou mesmo eliminando-a de todo. Há efeitos de ilusão: para uma criança que tem medo de injeções, desenhamos um elefante em sua pele e dizemos que a agulha está picando o animal, e que a criança brincando com aquela imagem nada sentirá; a imaginação desativa o sinal de alerta de dor”. O estudo do processo ajuda a compreender o potencial da Hipnose: “Ao alterar o foco, você pode esquecer a dor. Como a vítima de um acidente que ajuda os demais envolvidos, sem sentir a própria dor”, ele diz.

“Quanto mais dor eu sinto, mais medo e ansiedade tenho, o que por sua vez intensifica a dor. É um círculo vicioso que a medicação não consegue romper, enquanto a Hipnose é uma boa solução”, conclui Bonvin, também diretor do Hospital Valais, em Sion. “Estamos introduzindo a Hipnose”.

A prova de que a Hipnose terá papel cada vez mais central na terapia pode ser encontrada no Instituto de Hipnose da Romandia [Suíça Francesa], que treina 40 novos especialistas a cada ano: médicos, psicólogos, dentistas, enfermeiros, parteiros etc. Esses especialistas trabalham em seus próprios campos sem treinamento adicional e são reconhecidos pela Associação Médica Suíça (FMH).

Tradução de PAULO MIGLIACCI

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Hipnose ajuda a lidar com cirurgia e recuperação

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Hipnoterapia não é mágica, mas pode ajudar os pacientes a lidar com cirurgia e recuperação

Debra Bruno, especial
para o Washington Post

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Diane Fresquez repousa sobre uma mesa de operações no hospital Cliniques Universitaires Saint-Luc, em Bruxelas, com um boné azul claro na cabeça. Ela está removendo suas duas pequenas glândulas paratireóides. Mas para esta operação, Fresquez está acordada. Segurando a cabeça com as duas mãos e acariciando a testa está Fabienne Roelants, uma anestesista que está usando a Hipnose para fazer com que Fresquez faça o procedimento.

Estou convidando você a se fixar em algum lugar, a não tirar os olhos“, diz Roelants em uma voz com sotaque francês. “Agora você pode fechar os olhos, para ficar mais relaxada e confortável.” Fresquez fecha os olhos. “Agora você está no dia de novembro“, continua Roelants. “É um jantar de Ação de Graças em casa. Estou convidando você para observar seus amigos, seu marido. As luzes estão baixas e pequenas velas tremeluzem no parapeito da janela.”

Enquanto Roelants fala, Fresquez fica totalmente imóvel e seus olhos se fecham. Um cirurgião insere uma agulha comprida no pescoço para entorpecer apenas a área próxima às glândulas paratireóides e, em seguida, corta um orifício de 2,5 cm na área da garganta para remover duas glândulas, cada uma do tamanho de um grão de arroz.

Quando acabou, Fresquez diz que sentiu “alívio e alegria pelo fato de a Hipnose funcionar, por eu ter passado por uma cirurgia sem anestesia geral. (…) Senti como se tivesse corrido e vencido uma maratona. ”(Como amiga, ela me deixou assistir o procedimento por vídeo.) Embora ela tenha se preocupado no começo em confiar apenas em um anestésico local, quando Roelants garantiu que podia mudar de idéia e ser submetida a qualquer momento durante a cirurgia, Fresquez sentiu-se segura.

E ela diz: “Eu absolutamente não hesitaria em fazê-la novamente.”

Importação européia

A Hipnoterapia – também chamada Hipnose Clínica ou a Hipnocirurgia – tem sido usada na Europa para procedimentos minimamente invasivos, como reparo de hérnia, lumpectomias, biópsias e algumas mastectomias em câncer de mama há várias décadas. Mas nos Estados Unidos, hospitais e médicos se esquivaram da terapia.

Girish Joshi, anestesista do UT Southwestern Medical Center, em Dallas, que estudou com colegas europeus o uso da realidade virtual na Hipnose, diz que, ao contrário de uma injeção rápida, a Hipnose leva tempo para ser implementada, a taxa de resposta pode ser mais lenta e o sistema de pagamento dos EUA não é voltado para a medicina alternativa.

Agora, no entanto, alguns hospitais dos EUA estão oferecendo Hipnose aos pacientes para diminuir a ansiedade pré-operatória, gerenciar a dor pós-operatória e até substituir a anestesia geral em mastectomias parciais no câncer de mama. (A Hipnose é usada há anos para ajudar as pessoas a parar de fumar, perder peso, dormir e controlar o estresse.)

O MD Anderson Cancer Center de Houston, por exemplo, começou a usar Hipnoterapia há cerca de dois anos para mastectomias segmentares (parciais) e biópsias de linfonodo sentinela, nas quais os médicos identificam e removem um linfonodo na área das axilas, bem como tumores cancerígenos na mama, diz a anestesiologista da equipe Elizabeth Rebello, que também é professora associada de anestesiologia na Universidade do Texas.

Embora ainda não tenham sido publicados resultados do estudo randomizado de controle do hospital que, comparou pacientes cirúrgicos que recebem anestesia geral ou Hipnose com anestesia local, “o feedback e os resultados dos 60 pacientes Hipnotizados no estudo em andamento foram positivos, diz Rebello.

Antes da cirurgia, os pacientes fazem uma sessão de prática de 15 a 20 minutos com um Hipnoterapeuta. Durante a cirurgia da mama em si, as pacientes estão acordadas e o monitoramento por EEG dos impulsos elétricos do cérebro mostra muitos pacientes respondendo à Hipnoterapia como se estivessem sob sedação. 

Quando perguntaram aos pacientes se eles usariam a Hipnoterapia novamente, ela disse: “a resposta esmagadora é sim“.

Guy Montgomery, psicólogo clínico da Escola de Medicina Icahn de Nova York no Monte Sinai, que estudou Hipnose para tratamento do câncer, diz que, embora a técnica “não seja mágica“, ela pode tornar a dor mais gerenciável. “Eu não estou dizendo que eles não sentiriam dor – embora isso possa acontecer para algumas pessoas -, mas vamos ver se podemos reduzir esse botão” na dor, diz ele.

Sejamos claros: esse não é um “jogo” em que uma pessoa Hipnotizada é convencida a se despir ou se empinar como uma galinha. A American Psychological Association define Hipnose como um “estado de consciência que envolve atenção concentrada e consciência periférica reduzida, caracterizada por uma maior capacidade de responder a sugestões“. É como estar tão focado em uma tarefa que uma pessoa não percebe o que está acontecendo ao seu redor. Dizem Especialistas.

Montgomery diz que os pacientes devem ter em mente algumas advertências antes de optarem pela Hipnoterapia: certifique-se de obter um profissional de saúde licenciado, pois qualquer pessoa pode afirmar ser Hipnoterapeuta. Para pessoas com certos problemas de saúde mental, como distúrbios dissociativos, a Hipnose pode desencadear reações inesperadas, como a paranóia. “Você pode estar pensando em controlar a dor, e um grande problema psicológico começa a surgir“, diz Montgomery. Um profissional de saúde provavelmente estará preparado para tais situações.

Daniel Cole, vice-presidente da Anesthesia Patient Safety Foundation e professor de anestesiologia clínica da David Geffen School of Medicine, Universidade da Califórnia em Los Angeles, diz que a Hipnoterapia é uma “alternativa muito intrigante” para alguns pacientes.

Se a definição for simplesmente uma “atenção focada que permita ao paciente aumentar o controle sobre a mente e o corpo“, ela poderá funcionar em pequenas cirurgias, diz ele. Também pode ser uma opção para pacientes mais velhos que são mais suscetíveis ao delírio após anestesia geral, acrescenta ele.

Os pacientes também precisam esperar que sua dor possa ser controlada por uma combinação de anestesia local e Hipnose. “A última coisa que você quer é comprometer o procedimento porque o paciente está sofrendo e com dores“, diz ele.

Manejo da dor

Psiquiatras e alguns anestesiologistas dizem que não é surpreendente que a Hipnoterapia tenha demonstrado funcionar com o controle da dor. “A percepção da dor, por se originar no cérebro, pode ser diferente para cada pessoa”, diz David Spiegel, presidente associado de psiquiatria e ciências do comportamento de Stanford. “A Hipnoterapia pode realmente alterar a quantidade de dor que uma pessoa sente”, diz ele. Stanford oferece aulas de pacientes em Auto-Hipnose para lidar com uma variedade de questões médicas, incluindo dor, problemas neurológicos relacionados ao estresse, fobias, efeitos colaterais do tratamento médico, como náuseas e vômitos e câncer.

Debbie Phillips, 63, uma empreendedora de Martha’s Vineyard, voltou-se para a Hipnose há 10 anos quando precisava de uma biópsia feita sobre o crescimento de sua tireóide. Ela fez algumas sessões preparatórias com Elvira Lang, na época chefe de radiologia intervencionista do Beth Israel Deaconness Medical Center. Lang então acompanhou Phillips até a biópsia da agulha, ajudando Phillips a imaginar uma cena de praia tranquila quando uma agulha longa foi inserida em seu pescoço sem anestesia local. “Não era completamente indolor”, disse Phillips, “mas Lang perceberia e me levaria mais fundo“.

Lang, que chama seu método de “sedação não farmacêutica do paciente” ou “conversa de conforto”, diz que desenvolveu seu sistema nos últimos 25 anos como radiologista trabalhando com pacientes que precisavam de procedimentos “minimamente invasivos” que não envolviam corte, mas que usou raios-X para orientar os médicos a abrir artérias bloqueadas ou tratar cálculos biliares.

Os pacientes estão acordados e olham para você com seus olhos grandes e medrosos“, diz ela. Ela percebeu que as drogas vão tão longe, mas se alguém está inconsciente, elas não podem cooperar com o procedimento.

Quando a biópsia de Phillips mostrou que ela tinha câncer de tireóide e precisaria de cirurgia, Phillips continuou a usar Hipnose para ansiedade. Dessa vez, Lang fez sua Hipnose por telefone. Phillips diz que estava tão relaxada que disse ao marido: “Estou passando por uma grande cirurgia e estou totalmente bem com isso“. O marido respondeu: “Você está tecnicamente sob Hipnose“.

Rebello diz: “A Hipnosedação não substituirá completamente a anestesia geral.” Mas, em alguns casos, quando o padrão de atendimento é a anestesia geral, a Hipnosedação pode ser um plano melhor. “Se este for o caso, devemos aos nossos pacientes explorar essa opção.

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Hipnose ajuda lutadores e fortões a vencer campeonatos

Eu já adianto que sim, é possível! Se o seu subconsciente quer acreditar que uma almofada pesa 150kg, ela “ira pesar” e o inverso também é verdadeiro.

Acreditar é imprenscindível | Você já deve ter ouvido, “O mundo é dos loucos” ou “Não sabendo que era impossível, foi lá e fez”. A Hipnose pode auxiliar a superar crenças limitantes e com o entendimento necessário conquistar melhores resultados.

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Hipnose ajuda lutadores e fortões a vencer campeonatos. Mas será possível?

Adriano Wilkson
Do UOL, em São Paulo
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Walter Rogério, o Brutus, é Hipnotizado por Maurici Mariano, o Bruxo, em treino de strongman – Imagem: Adriano Wilkson/UOL

É preciso mais que músculos para erguer barras de ferro de 150 kg acima da cabeça. Se você perguntar ao levantador de peso Walter Rogério, conhecido como Brutus, qual o segredo de sua força, ele vai levar um dedo à testa e dizer algo como: “Está tudo aqui.”

Em treinos para competições do esporte conhecido como strongman, Brutus costuma levantar sem enorme esforço até 140 kg. Mas 150 kg é outra coisa. Com 150 kg, as fibras musculares de Brutus vão sofrer tantas microlesões que ele provavelmente vai precisar de alguns dias de descanso antes de voltar a treinar.

Com 150 kg, sua testa vai tremer como uma panela no fogão e pequenos vasos sanguíneos devem se romper por seu rosto. Seu abdômen e suas articulações vão sofrer sob a pressão e tentarão sair do lugar e serão contidos apenas por fitas que ele amarrará pelo corpo. Com 150 kg, Brutus vai precisar usar um protetor bucal para que seus dentes não quebrem sob a pressão da mordida no momento do levantamento.

Em uma noite recente de quinta-feira em São Paulo, Brutus contou com uma arma diferente para fazer frente ao desafio dos 150 kg: o autoengano. Quando chega a hora, o Hipnoterapeuta Maurici Mariano, especializado em Hipnotizar atletas para fazê-los superar os limites físicos do corpo, se aproximou de Brutus e perguntou se o fortão confiava nele.

Brutus disse que sim. E, após Maurici contar de 1 a 10 em um tom de voz aveludado, Brutus fechou os olhos. “Você está indo cada vez mais profundo“, sugeriu o Hipnólogo. “Cada vez mais profundo…

Funcionário de um banco, Brutus pesa 154 kg e mede 1,93 m. Com pouco cabelo, a barba farta e a compleição de um guerreiro viking, projeta uma imagem intimidadora, exceto pela voz jovial e o sorriso desarmado. Em transe Hipnótico, indo “cada vez mais profundo“, ele escuta as sugestões do Hipnólogo. O truque é simples: Maurici, ou Mau, ou “o Bruxo”, como é conhecido entre seus clientes, vai Hipnotizar Brutus para ele achar que as anilhas de 150 kg na verdade pesam 140 kg.

Assim, achando estar em seu “peso confortável”, Brutus não terá dificuldade de levantar 10 kg de carga extra.

Quando você olhar para as anilhas, não importa quanto estiver ali, você vai saber que elas pesam 140 kg“, repete Mau. Brutus não se move. Sob novo comando, sai do transe, afirma estar se sentindo bem e caminha em direção à barra com as anilhas nas pontas. “Qual o peso que está aí?“, pergunta o Hipnológo. “140“, responde o atleta. Eram 150.

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Imagem: Adriano Wilkson/UOL

Usar a Hipnose para melhorar a performance esportiva não é uma ideia nova. Há relatos de atletas soviéticos entrando em transe na preparação para Olimpíadas pelo menos desde os anos 1950.

Em 1962, o treinador Cus D’Amato fez uma inusitada demonstração com chamas de fogo e socos em voluntários inertes diante da comissão de boxe dos EUA. Ele temia que Sonny Liston pudesse ser Hipnotizado para ficar imune a dor antes da luta com seu atleta Floyd Patterson. Anos depois, D’Amato se renderia à técnica e passaria a levar seu lutador Mike Tyson, até três vezes por dia, a sessões de Hipnose antes de suas lutas pelo cinturão mundial de boxe.

Uma pesquisa on-line publicada em setembro pela escola OMNI Brasil, que formas profissionais da Hipnose no país, apontou que 119 mil brasileiros já recorreram ao tratamento para ajudar a atingir diversos objetivos, como perder peso ou curar a insônia. Esse número confere um status diferente ao que antes era mais associado aos programas de auditório de domingo.

Mas se a Hipnose ganhou fama como espetáculo de entretenimento no qual voluntários em transe imitam galinhas ou comem cebolas cruas como se fossem maçãs, sua face menos conhecida é também menos divertida, embora não menos intrigante. Treinadores e terapeutas que aplicam Hipnose em atletas tentam desfazer bloqueios mentais que prejudiquem o desempenho esportivo.

A judoca Bárbara Timo, que nasceu no Rio de Janeiro, mas se naturalizou portuguesa no começo de 2019, conquistou em agosto o vice-campeonato mundial de sua categoria no Japão. Ela credita a melhora significativa de sua luta a sessões de Hipnoterapia com “o Bruxo”.

A Hipnoterapia que fiz não tem nada a ver com essa parte mais midiática“, afirmou ela em uma entrevista por telefone de Lisboa, onde treina e compete pelo Benfica. “Com a Hipnose, eu entrei em camadas do meu subconsciente que eu não conhecia e pude descobrir que tinha diversos medos, traumas, frustrações e situações mal resolvidas na infância que me travavam.

E também me ajuda visualizar meus objetivos. Já me vi campeã olímpica várias vezes ali“, afirma a portuguesa, que já chegou a defender a seleção brasileira.

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Imagem: Adriano Wilkson/UOL

A também judoca Vitoria Andrade, da equipe sub-21 do Pinheiros, em São Paulo, e da seleção brasileira de base, diz que as sessões de Hipnose a levam a visualizar o agarre que precisa fazer durante as lutas.

Ele me faz enxergar um ponto e perceber o que falta, entender qual é o meu problema. Se eu preciso pegar mais firme, ele me faz imaginar pegando mais firme. Ali você está trabalhando sua mente pra depois concretizar o movimento no treino.

No começo achei estranho, mas realmente funcionou. Antes eu não conseguia ganhar, só ficava em segundo e em terceiro. Depois comecei a ganhar“, afirma ela, que em julho levou o ouro na Copa Europeia sub21, em Berlim (no mês passado, Vitoria acabou ficando em sétimo lugar no Mundial júnior de judô, no Marrocos). Outra atleta do judô que usa técnicas de Hipnose esportiva é Larissa Pimenta, campeã panamericana em Lima, em agosto.

Antes parte de espetáculos circenses, a Hipnose começou a ser estudada seriamente pela ciência em meados do século 19, quando foi utilizada por figuras importantes como o francês Jean-Martin Charcot, considerado o pai da neurologia, e pelo próprio Sigmund Freud, pai da psicanálise. A partir de 1997, neurocientistas começaram a publicar artigos em periódicos relevantes sugerindo a possibilidade de Hipnotizar pacientes em diversos tratamentos.

Hoje, ela é usada também no combate a dores crônicas, ansiedade, depressão, tabagismo e outros transtornos psíquicos.

A judoca Bárbara Timo garante que sessões de Hipnose diminuem também a sensação de dor e auxiliam na recuperação de lesões. De acordo com Maurici, o bruxo, é possível driblar os receptores de dor no cérebro para aumentar o conforto do atleta.

Você não consegue eliminar a dor, mas amenizá-la de uma maneira muito eficiente. No parto da minha mulher, por exemplo, eu fiz Hipnose nela e ela não teve a mínima percepção de dor“, afirma o terapeuta, que também atua como coach.

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Larissa Pimenta, campeão pan-americana em Lima, também é cliente do Hipnoterapeuta Maurici Mariano – Imagem: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br

O levantador de peso Walter Brutus conheceu o trabalho de Mau em uma imersão de sua clínica Hyper Focus, na qual atletas de crossfit, surf, MMA e judô vão para tentar alcançar uma “mente blindada”.

Após blindar a mente de Brutus e fazê-lo acreditar que uma carga de 150 kg era apenas 140 kg, o Hipnoterapeuta temeu que o atleta não pudesse erguê-la por medo de decepcionar os amigos e o jornalista do UOL Esportes que foram vê-lo treinar. 

Faça por você, não por nós“, pediu o bruxo, enquanto Brutus se preparava para seu maior desafio. Só após duas tentativas, o levantador conseguiu erguer a barra de 150 kg acima da cabeça e fazer um movimento completo, que seria validado em um torneio. Depois do treino, ele afirmou que só depois do movimento ele se daria conta do peso real que acabar de levantar.

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Imagem: Adriano Wilkson/UOL

Passei o tempo todo achando que eram 140 kg e fiquei irritado porque 140 kg eu estou acostumado a levantar tranquilamente“, disse.

No fundo, nunca será possível saber se a Hipnose ajudou Brutus a levantar um peso além do seu habitual ou se ele conseguiria de qualquer forma. Ele afirmou não se lembrar de nada que o Hipnoterapeuta lhe disse durante o transe, mas garantiu ter se sentido melhor, mais confiante e relaxado quando abriu os olhos.

De qualquer forma, para se preparar para os próximos campeonatos, Brutus continuará pegando pesado no treino, físico e mental, com a ajuda dos truques do bruxo.

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Como funciona a Hipnose

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Crise de Ansiedade

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O QUE FAZER EM UMA CRISE DE ANSIEDADE?
Entenda o transtorno de ansiedade e saiba o que pode te ajudar em situações de crise. Ache o equilíbrio quando tudo parecer fora de controle.

Quem sofre com algum transtorno de ansiedade, convive diariamente com o medo de uma nova crise. Os ataques de pânico e as crises de ansiedade generalizada são os tipos mais graves desse transtorno, que afeta cerca de 264 milhões de pessoas no mundo, segundo a OMS.

O Brasil tem a maior taxa de transtorno de ansiedade do mundo, a OMS estima que ao menos 9.3% da população brasileira sofre com algum tipo do transtorno, o que coloca a ansiedade como um problema de saúde pública.

Separando o Joio do Trigo (Ansiedade situacional e patológica)

Sentir ansiedade é normal: perder uma noite de sono pela expectativa de um compromisso importante; ficar apreensivo para uma prova, apresentação ou entrevista; ficar nervoso com alguma situação de dúvida ou risco; são circunstâncias normais para qualquer pessoa.

Mas quem sofre com um transtorno de ansiedade sabe que sua condição é muito diferente. Os sintomas de ansiedade tomam a vida da pessoa, deixando-a completamente debilitada, sem conseguir realizar ações do dia-a-dia, como trabalhar, estudar, se divertir e até dormir.

Essa sensação é ainda pior nos momentos de crise, quando a ansiedade é levada a limites tão extremos que podem gerar o pânico. Nesses momentos, a sensação de angústia e insegurança são tão grandes que desestabilizam completamente a pessoa. Os sintomas físicos e psicológicos são tão intensos que a pessoa pode pensar que vai morrer a qualquer momento.

A forma como as crises acontecem variam de acordo com cada tipo de transtorno de ansiedade. Nos casos de transtornos relacionados à fobias – como a agorafobia (medo de multidões) e a claustrofobia (medo de lugares apertados) – a crise acontece quando o indivíduo entra em contato (ou está na iminência do contato) direto com o que causa o medo. Já nos casos de Síndrome do Pânico, as crises podem acontecer de forma brusca a qualquer hora e sem qualquer motivo aparente, atingindo sua intensidade máxima rapidamente. A sensação de morte é tão ruim, que quem sofre com um ataque de pânico uma vez acaba tendo seu transtorno de ansiedade acentuado pelo medo de sofrer um novo ataque.

Sintomas Físicos e Psicológicos

Independente do tipo de transtorno de ansiedade que a pessoa sofre, os sintomas físicos e psicológicos apresentados nos momentos de crises agudas são parecidos, podendo variar em intensidade. É importante salientar que as crises não são despertadas por mecanismos conscientes, elas são decorrentes de uma distorção dos mecanismos automáticos de defesa do organismo, localizados, portanto, no subconsciente.

Psicológicos

  • Dificuldade de concentração: A pessoa fica inquieta, preocupada e não consegue se concentrar em nada;
  • Nervosismo: O sujeito fica extremamente nervoso e preocupado, perdendo o controle sobre os próprios pensamentos;
  • Medo descontrolado e incapacitante: O medo toma conta da pessoa a ponto de reagir exageradamente (gritando e correndo) ou não conseguir reagir a nada, ficando completamente paralisada.
  • Sensação de perigo e morte: A pessoa sente uma sensação de perigo tão irracional que pode levá-la a pensar que pode morrer a qualquer momento, mesmo diante de algo que não apresenta qualquer risco

Físicos

  • Taquicardia: Os batimentos cardíacos ficam acelerados,  acima dos 100 batimentos por minuto;
  • Hiperventilação: Um dos principais sintomas físicos é a respiração acelerada;
  • Suor frio: A sensação de mudança de temperatura pode variar entre calafrios ou sensação de calor;
  • Tensão muscular: Pode ser acompanhada de tremores involuntários;
  • Dores pelo corpo: As mais comuns são a dor de cabeça e a dor no peito. A dor pode ser tão forte que muitas vezes é confundida com princípio de infarto;
  • Náuseas: Que podem ser acompanhadas por vontade de ir ao banheiro, vômito e até diarreia;
  • Alterações sensoriais: Boca seca, pupilas dilatadas, visão turva, zumbido nos ouvidos, engasgos;
  • Tontura: Que pode ser seguida de desmaio.

O que fazer em uma crise de ansiedade

Passar por uma crise de ansiedade ou ataque de pânico pode ser uma experiência assustadora. Por isso, é importante saber como controlá-la. Logo abaixo, listamos 4 estratégias para que você consiga enfrentar as crises de ansiedade e colocar o seu consciente sob controle, sem remédios.

Identifique os sinais

Quem já passou por uma crise de ansiedade alguma vez, já sabe como ela começa, se desenvolve e, principalmente, como ela termina. Identificar cada um desses sinais é uma questão essencial para não entrar em desespero e se entregar à crise.
É importante entender que não é possível impedir que uma crise de ansiedade comece. Porém, da mesma forma que ela começa, ela também termina. Racionalizar esse processo é um passo importante para tomar o controle da situação, fazer com que ela dure menos e que não gere desdobramentos mais graves.

Controle da respiração

Esse é um passo fundamental. Quando se está sob a iminência de uma crise de ansiedade, a tendência é ,que se comece a respirar muito rápido. Isso acontece porque, em momentos de risco, o cérebro entende que é preciso respirar rápido, garantindo oxigênio suficiente para sobreviver.
Evitar a hiperventilação é uma forma de ensinar para o seu cérebro que aquilo não é uma situação em que ele precisa temer o perigo. Dessa forma, é possível evitar esse automatismo e racionalizar a situação.
Para fazer isso em um momento de crise, tente inspirar normalmente e expire fazendo uma contagem regressiva de 5 até 1. Assim, você vai mostrar ao seu cérebro que aquela não é uma situação de perigo, equilibrando as suas taxas metabólicas.

Controle dos pensamentos

Que fique claro: Você não é a sua ansiedade! A crise de ansiedade é algo que vai passar, e para não aumentá-la tente não direcionar todos os seus pensamentos para os sintomas físicos e mentais. É importante que você use o ambiente externo a seu favor, e não contra você, então contemple o que está à sua volta. Procure prestar atenção no que está acontecendo, tente se concentrar em uma conversa com um colega, ouvir uma música ou observar as coisas que estão acontecendo ao seu redor.
Coloque o seu foco em outra coisa: Por exemplo, faça jogos mentais descontraídos como pensar quantas pessoas estão fazendo sexo naquele momento. Ou jogos desafiadores como brincadeiras de listar nomes de animais ou frutas com determinada letra.

Recorra a técnicas de relaxamento como meditação, religiosidade ou Auto-Hipnose

Todas essas técnicas te ajudarão a se desligar da crise. Outras distrações também podem ser úteis nesse momento como uma conversa com um amigo, uma música que te acalme, e até uma automassagem em regiões do corpo que produzem relaxamento.

Sorria!

Simples assim! O ato de rir gera uma sensação oposta à ansiedade. Para isso, tente pensar em uma situação engraçada, caso seja difícil, tente cantarolar uma música engraçada ou que te faça bem! Se o estímulo visual for mais fácil, tente se lembrar de uma cena de um filme de comédia, ou recordar daquela situação em que um de seus amigos pagou um mico que levou todos a rirem muito. Lembre-se de momentos de descontração e alegria que te arranquem sorrisos. Isso vai te acalmar naturalmente.

Tratamento com Hipnose

Os ataques de ansiedade são situações muito desagradáveis. Mas a boa notícia é que a ansiedade é perfeitamente controlável, sendo possível superá-la e viver uma vida normal com o tratamento correto. Para isso, é extremamente recomendável a busca por ajuda profissional de um psicólogo ou Hipnoterapeuta.

Em casos mais graves, quando é diagnosticada a Síndrome do Pânico ou quando ataques de ansiedade são muito recorrentes, é possível que esses profissionais indiquem o acompanhamento interdisciplinar com um Psiquiatra, que pode receitar o uso de ansiolíticos.

Porém, na maior parte dos casos, a psicoterapia é suficiente para atingir resultados positivos, sem a necessidade do uso de remédios. O que é positivo, pois evita os efeitos colaterais.

Assim como as demais psicoterapias, as sessões de Hipnoterapia se iniciam a partir de uma conversa inicial, com o objetivo de conhecer a fundo o paciente, mapeando o seu histórico e estilo de vida. Essa conversa inicial é essencial para estabelecendo de uma conexão entre o cliente e o terapeuta, que poderá decidir qual a melhor abordagem para conseguir te ajudar a superar as crises de ansiedade.

A diferença do tratamento com Hipnose, em relação às demais psicoterapias está no transe Hipnótico. Através desse processo, é possível acessar o inconsciente do paciente, o que possibilita mudanças duradouras, mesmo em hábitos automatizados e problemas enraizados. Além disso, a Hipnoterapia permite diversas abordagens, que podem funcionar muito bem sozinhas, ou como ferramenta para potencializar os resultados de outras Hipnoterapias. Veja alguns exemplos:

Relaxamento

A indução ao transe te leva a um relaxamento profundo capaz de aliviar crises de ansiedade profundas. Com o tempo, é possível aprender a auto-Hipnose e praticá-la em momentos que as crises aparecem de forma mais aguda.

Sugestões diretas

Além do profundo relaxamento, o transe Hipnótico também é um momento de atenção concentrada. A partir da indução feita pelo Hipnoterapeuta, o fator crítico do paciente cai, fazendo com que sugestões sejam aceitas com mais facilidade pelo subconsciente. Dessa forma, as sugestões Hipnóticas se tornam aliadas fundamentais da Terapia Cognitivo Comportamental, pois o acesso ao inconsciente faz com que o paciente aceite com mais facilidade o tratamento e os passos de enfrentamento à ansiedade.

Regressão ao trauma

regressão Hipnótica é, sem dúvidas, a melhor forma de superar as crises de ansiedade, pois vai à raiz do problema, analisando diretamente a causa das crises. Isso acontece porque os transtornos de ansiedade podem ter início a partir de situações traumáticas, que nem sempre são identificadas de forma consciente.

As crises podem ter início, por exemplo, a partir de uma relação conturbada com os pais, ou de um trauma de infância já esquecido, mas que deixou no subconsciente. As crises também podem ser um reflexo de uma situação de constante abnegação e auto-cobrança, ou, até mesmo de desrespeito, desvalorização e negação de sentimentos. A Regressão ao trauma pode ressignificar esses momentos, acabando de uma vez por todas com a ansiedade.

Agora que você já sabe como agir em casos de crise de pânico, e até mesmo os tratamentos para acabar de vez com o transtorno, conta pra gente aqui nos comentários! Você já passou por alguma crise de ansiedade? Como reagiu a ela? Foi surpreendido pelas dicas deixadas neste artigo? Já tentou recorrer à Hipnose para solucionar definitivamente esse problema? Que tal marcar agora mesmo sua sessão de Hipnose? Aproveite e compartilhe aqui suas impressões e participe da conversa!

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Hipnose em pacientes com câncer

Veja a reportagem em vídeo e também transcrita abaixo. Se preferir clique no link no final da página para ler a reportagem direto na fonte.

Tratamento inédito usa Hipnose para reduzir dor de pacientes com câncer

Pacientes continuam tomando remédios e indo a consultas com especialistas. Experimento é feito no maior hospital da rede pública do DF.

Um tratamento inédito em um hospital público de Brasília: Hipnose para reduzir a dor de pacientes com câncer. Experimento é feito em uma pesquisa de doutorado, em um hospital público de Brasília.

Os estudos sobre uso da Hipnose para aliviar dores começaram nos Estados Unidos ainda na década de 1950. Os médicos explicam que é possível, com a Hipnose, acionar a produção de substâncias que o corpo produz naturalmente e que tem uma ação analgésica, diminuem a dor.

A cabeleireira Anídia Santos passou por duas cirurgias para retirar o câncer: uma no estômago e outra nos ovários. Agora ela luta contra as dores do tratamento. E encontrou na Hipnose um alívio. “Já me arrumo, vou para a igreja. Já cuido da casa, dos meus filhos. Totalmente diferente. Não estou mais com dor”, afirma.

Antes ela não fazia ideia do que é ser Hipnotizada. Os pacientes deitam na maca ouvindo uma música de fundo e a voz suave do Hipnólogo, que faz com que eles se concentrem e fiquem em um estado de semi consciência.

“É o estado onde o paciente está mais suscetível às mudanças. Então ele consegue alterar os sintomas e manter quando consciente essa alteração. Por isso a gente trabalha dentro desse estado”, diz o Hipnólogo Gil Montenegro.

O atendimento é feito no maior hospital da rede pública do Distrito Federal. Mas não é oferecido pelo SUS. Faz parte de uma tese de doutorado sobre os efeitos da Hipnose no tratamento das dores, da ansiedade e depressão em pacientes com câncer.

A Hipnose é complementar ao tratamento do câncer. Os pacientes têm que continuar tomando os remédios e indo às consultas com os especialistas. “Os pacientes têm relatado melhora nos sintomas, principalmente no sintoma dor e principalmente a curto prazo. Então a gente tem tido retorno positivo desses pacientes”, afirma a médica Patrícia Ribeiro.

As sessões de Hipnose duram 30 minutos. O seu Francisco teve que tirar parte da laringe por causa do câncer. Ele não pode falar. Mas quando termina a sessão, mostra que está satisfeito com os resultados.

Já existem estudos também para uso da Hipnose como uma forma de ajudar a combater dores crônicas, enxaquecas e até dores de dente.

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Hipnose acelera o tempo de tratamento

Reportagem completa transcrita abaixo. Para acessar o conteúdo direto do Jornal clique no link no final da página.

Hipnose acelera o tempo de tratamento de fobias

Medo de dentista, de avião, gagueira, ansiedade e doenças psicossomáticas podem ser solucionadas com a terapia

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Hipnoterapeuta e Psiquiatra Sofia Bauer explica que a técnica é usada sem abrir mão de medicamentos

Se ao ouvir falar sobre Hipnose a primeira coisa que vem à sua cabeça é uma regressão a vidas passadas ou um espetáculo, esqueça. A ideia de usar a técnica para voltar a suspostas existências anteriores e assim resolver traumas do presente ficou para trás. Hoje, a Hipnose é uma ferramenta utilizada por psicólogos e psiquiatras como auxiliar em processos de terapia com o objetivo de ampliar a consciência do paciente, abrindo caminhos para desatar problemas psíquicos e psicossomáticos que demandam soluções mais rápidas. Entram nessa lista desde o medo de dentista, de avião, gagueira, ansiedade, crises de pânico, dores crônicas, vício de fumar, alívio de sintomas no tratamento do câncer até o uso de drogas, problemas sexuais, tiques nervosos e doenças psicossomáticas como bronquite, enxaqueca, úlceras, doenças de pele e doenças intestinais.

Pesquisa sobre o uso da Hipnose na odontologia, realizada pela Universidade do Vale do Sapucaí em Pouso Alegre, no Sul de Minas, com 40 pacientes, a maioria deles com medo de dentista, mostrou que 94,87% registraram redução da tensão e do medo depois de passar por uma sessão de Hipnose e 87,17% reduziram os níveis de ansiedade. A pesquisa visa aumentar o bem-estar do paciente e desenvolver uma odontologia humanizada.

Dessa forma, os pacientes podem chegar ao consultório odontológico sem medo, que muitas vezes chega a ser paralisante. Segundo a cirurgiã-dentista Marisa Breias, que faz parte da equipe que conduziu o estudo, a técnica reduz o tempo de cadeira, a ocorrência de edemas e sangramento, a salivação e a dor. “A consequência disso é que o uso do anestésico diminui, o número de intercorrências é menor, a ansiedade baixa e até a pressão arterial do paciente reduz durante o tratamento”, afirma. O método, segundo ela, também potencializa a cicatrização e melhora o período pós-operatório.

RESPOSTAS
A ideia de aliar a Hipnose à psicoterapia é acelerar o processo de tratamento de traumas, o que, de acordo com a pessoa e com o problema, pode levar de algumas sessões a alguns meses. De acordo com a psiquiatra e Hipnoterapeuta Sofia Bauer, que estudou o método nos Estados Unidos e o aplica no Brasil desde 1994, o objetivo é permitir que o paciente entre em estado de relaxamento, mesmo estando inteiramente acordado, porém mais voltado para os seus verdadeiros sentimentos. “Durante a Hipnose, a velocidade do cérebro diminui, o que permite que haja conexões mais bem feitas entre os neurônios, que se conectam com mais facilidade e dão respostas mais rápidas aos problemas, cujas soluções os pacientes não viam antes”, observa. Ela explica que o tratamento é feito sem abrir mão de medicamentos psiquiátricos, mas auxilia no tratamento psicoterápico, dando mais força ao paciente para o enfrentamento dos problemas.

“Usamos a Hipnose como ferramenta de relaxamento para levar a pessoa a focar na solução dos seus problemas. São técnicas psicossensoriais inovadoras, associadas à sinesiologia, que atuam em pontos específicos onde alguém fica ‘travado’. O destravamento desses pontos está associado a memórias traumáticas que vão se limpando quando se associa a psicoterapia à Hipnose”, afirma a psiquiatra. O uso da Hipnose é feito para acelerar o processo de terapia e encurtar o tempo de tratamento. O tempo varia de acordo com a pessoa e o problema, de uma sessão a alguns meses de trabalho. As consultas têm duração de uma hora e nelas se trabalha em Hipnose por 30 minutos ou mais.

“Usamos a Hipnose como ferramenta de relaxamento para levar a pessoa a focar na solução dos seus problemas. São técnicas psicossensoriais inovadoras, associadas à sinesiologia, que atuam em pontos específicos onde alguém fica ‘travado’. O destravamento desses pontos está associado a memórias traumáticas que vão se limpando quando se associa a psicoterapia à Hipnose”, afirma a psiquiatra. O uso da Hipnose é feito para acelerar o processo de terapia e encurtar o tempo de tratamento. O tempo varia de acordo com a pessoa e o problema, de uma sessão a alguns meses de trabalho. As consultas têm duração de uma hora e nelas se trabalha em Hipnose por 30 minutos ou mais.

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Me curei com Hipnose

Reportagem completa transcrita abaixo. Para acessar o conteúdo direto da Revista clique no link no final da página.

Me curei com Hipnose!

Do bruxismo à depressão, da rinite alérgica ao tabagismo, a Hipnose pode ajudar a combater diversos problemas. Confira alguns casos relatados em estudos científicos.

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Embora ainda sofra de alguma desconfiança, a Hipnose aos poucos se apresenta como alternativa comprovadamente eficiente para tratar um grande leque de doenças. Hoje, pacientes são induzidos ao transe para resolver inconvenientes que vão do ranger de dentes ao nariz entupido, como mostram estudos publicados nos últimos anos.

Problemas para amamentar
Nos seus primeiros meses como mãe, Maria Luíza, de 21 anos, estava cansada por dormir mal várias noites. A estudante de arquitetura, além disso, era criticada pela própria família pelo choro da criança, o que a deixava irritada. Por tudo isso, não estava conseguindo amamentar. Ela produzia leite, mas o líquido não fluía. Para piorar, a jovem estava incomodada com as mordidas que o bebê dava em seu peito. Diante dos problemas, topou participar de uma sessão de Hipnose, experiência detalhada em Hipnose, singularidade e dificuldades de amamentação: um estudo clínico, do psicólogo Maurício da Silva Neubern, da UnB. O tratamento começou com uma série de sugestões para deixar Maria Luíza relaxada. Depois o terapeuta investiu nos problemas. “Talvez você escute o choro de seu filho e possa acompanhá-lo também de uma forma bem tranquila”, disse. Para resolver o problema do leite, o especialista citou uma reportagem de TV sobre a forma correta de ordenhar vacas, falou sobre a felicidade das vacas ao amamentar e ainda evocou imagens como “piscina de leite”. Alguns dias depois, Maria afirmou que estava dormindo melhor e que “a amamentação estava fluindo bem”.

Bruxismo
Um empresário de 42 anos, separado da mulher, procurou ajuda para controlar o bruxismo. Havia três décadas que ele sofria com tiques faciais que ora desapareciam, ora se agravavam. No último ano, entretanto, o paciente começou a ranger involuntariamente os dentes enquanto dormia, causando uma série de problemas na dentição, além de dores na musculatura da boca. O empresário passou por uma única sessão de Hipnose, quando os terapeutas ensinaram a ele a técnica conhecida como “tela de cinema”. Ele foi instruído a relaxar totalmente os músculos do corpo, até sentir como se estivesse flutuando. Depois todo pensamento, sentimento ou imagem negativa deveria ser mentalmente projetada em uma tela de cinema imaginária. A ideia do tratamento era fazer com que, ao buscar o relaxamento, o empresário simplesmente virasse a tela com imagens ruins para deixá-las de lado. Depois de dois meses, a tensão muscular durante o sono desapareceu. E uma revisão do caso feita cinco anos depois dessa única sessão mostrou que o empresário seguia livre do bruxismo. O caso está descrito no livro Trance & Treatment: Clinical Uses of Hypnosis, publicado em 2004 pelos médicos Herbert Spiegel e David Spiegel.

Nariz entupido
No livro Hipnose na Prática Clínica, de 2003, o neurologista Marlus Vinicius Costa Ferreira descreve o caso de um homem de 31 anos que tinha dificuldades para respirar por conta de rinite alérgica. O paciente, cujo nome foi preservado, tinha feito um tratamento com corticoides, além de duas cirurgias para correção do septo nasal. Não adiantou. E a situação ficava ainda pior quando ele folheava livros antigos, tinha contato com tinta e verniz, sentia cheiro de perfume ou circulava em ambientes com pó e pólen. Induzido ao estado hipnótico, o paciente recebeu uma sequência de sugestões. Primeiro ouviu “você é capaz de respirar suave, longa, lenta e profundamente”. Então foi incentivado a imaginar partículas causadoras de alergias em contato com o corpo, sendo reconhecidas pelo organismo para deixarem de ser danosas. Depois, outra vez ouviu que era capaz de respirar suavemente, enchendo os pulmões de ar, gozando de uma maravilhosa sensação de bem-estar. Passada uma semana, ao voltar para a nova consulta, o paciente relatou que tinha passado bem “todos os dias e todas as noites”, sem sinal de secreções, com o nariz permanentemente desentupido.

Dores crônicas da fibromialgia
Quando Suzana, de 46 anos, aceitou ser voluntária de uma pesquisa sobre dor e Hipnose, estava sofrendo muito com sintomas da fibromialgia. As dores pelo corpo eram fortíssimas. Mãe de três filhos, havia dois anos que ela tinha largado o emprego de costureira por conta da síndrome, que tratava com acupuntura, exercícios na água e quiropraxia. Além disso, sofria de depressão e não usava medicamentos para conter o problema. De acordo com o artigo Hipnose e dor: proposta de metodologia clínica e qualitativa de estudo, do psicólogo Maurício da Silva Neubern, da UnB, a paciente foi induzida ao estado hipnótico em cinco oportunidades. O terapeuta apostou em sugestões de anestesia e analgesia para reduzir a dor de Suzana. Falou da “sensação dos músculos relaxando” e afirmou que o “corpo sabe o que fazer”. Para combater o sentimento de que a vida da paciente estava paralisada por conta da doença, o pesquisador sugeriu a ela que “nosso consciente capta apenas uma pequena parcela de nossa experiência” e que o inconsciente de Suzana “pode rever a história inteira em poucos segundos, como se fosse um filme”. Os resultados foram significativos: Suzana relatou que a dor tinha sido reduzida em 90% e que ela tinha ficado até cinco dias livre do desconforto. Além disso, depois das sessões, Suzana dizia que pensava em retomar a profissão e tinha aprendido a usar por conta própria algumas técnicas hipnóticas para conter crises.

Ou cole o endereço no seu navegador:
http://super.abril.com.br/saude/me-curei-com-hipnose/

Medo de Dirigir

Não passar na prova do DETRAN repetidas vezes pode gerar uma frustração enorme para a pessoa reprovada. Mas e se a reprovação for causada por um “congelamento” de tal forma que a pessoa não consegue nem tirar o carro do lugar?

“O que está acontecendo comigo?
O que me bloqueia?”

se questionou Kildane sentada ao volante sem nem ao menos conseguir ligar o carro.

Conheça o caso da Kildane que buscou ajuda na Hipnoterapia após ser reprovada várias vezes no teste do DETRAN por conta de um trauma de infância.

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Passar na prova com o auxílio da Hipnoterapia, para Kildane:

“a Hipnose não me ajudou só e apenas nisso, mas também em casa com meu marido a gente melhorou o nosso relacionamento, no trabalho eu me tornei uma pessoa mais confiante. Quantos anos eu vivi prisioneira de algo que me traumatizou? E a Hipnose numa única sessão, realmente uma sessão longa…”

FOBIA | Recorrente reação incontrolável ao medo

Ainda que o medo seja considerado infundado pela maioria de nós, aquele que sofre de Fobia não consegue controlar ou evitar a carga de sentimento e enfrentam intensas reações mentais e fisiológicas sempre que são expostas ao que os aterroriza. Uma pequena aranha de jardim se torna em “O Ataque da Aranha” (Aracnofobia) ou um ursinho de pelúcia encantador em um “Potencial Aniquilador” – “Sim eu sei que é de pelúcia mas olha pra ‘ele’, é horrível” (Caso de Pediofobia).

Possíveis sintomas físicos e psicológicos da Fobia:
⦁ Respiração rápida;
⦁ Batimento cardíaco elevado;
⦁ Boca seca;
⦁ Sentir-se sendo sufocado;
⦁ Tremedeira;
⦁ Paralisia ou Fuga.

Relato da Andreia: “Eu tenho Fobia de Papai Noel, e não é trauma não, pois não lembro de nada do passado que leve a isso. Mas se vejo um, seja onde for, passo longe e tenho também uma sensação de falta de ar e desespero. Também não posso ver e nem pensar muito sobre O Máscara, meu Deus, que sensação horrível. Um dia entrei numa locadora de filmes, e dei de cara com uma pessoa fazendo papel de O Máscara, quase desmaie, e comecei e chorar e meu coração acelerou, uiiiiii que horror… compreendo todos com suas Fobias, pra alguns é boba, mas pra quem tem é ‘pank’.”

Eficiente no tratamento de Fobias a Hipnoterapia vai a raiz do problema encontrar os pontos que causam “travamento”. Isso inclui lidar com memórias de traumas, experiências negativas que até então serviram de gatilho para o medo descontrolado. Eu diria que você não irá tornar-se necessariamente “amigo” daquilo que “temia” mas tem uma grande potencial de alterar as impressões positivamente ou de neutralizá-la.

Eu trouxe como curiosidade algumas Fobias, é bem possível que você perceba em si mesmo alguns traços de algumas delas.

Alguns tipos de fobias:
#Coulrofobia: medo irracional de palhaços;
#Mascarafobia: medo de mascara ou de pessoas usando mascaras;
#Monofobia: medo de ficar sozinho;
#Nictofobia: medo da noite ou do escuro;
#Tanatofobia: medo da morte;
#Zoofobia: medo de animais;
#Acrofobia: medo de altura;
#Agorafobia: medo de espaços abertos ou com multidões;
#Brontofobia: medo de raios e trovões;
#Catastrofobia: medo de catástrofes e aspectos ambientais;
#Caetofobia: medo irracional de pelos e/ou cabelos;
#FobiaSocial: medo de pessoas e da exposição;
#Glossofobia: medo de falar em público;
#Hematofobia: medo de sangue, injeções e feridas.

Deixe nos comentários: Qual é a sua Fobia? Conte alguma curiosidade sobre ela?

A foto utilizada na postagem é de Amin Rokhide.

A origem da palavra Parascavedecatriafobia: Parascave (Sexta-feira) + Decatria (Treze) + Fobia (Medo).