Descubra a Hipnoterapia, técnica adotada por Gisele Bündchen

Hipnoterapia: Técnica usada por Gisele Bündchen no Parto Natural

Hipnoterapia: Técnica usada por Gisele Bündchen no Parto Natural

A reportagem publicada pelo site Terra nos conta que a supermodelo Gisele Bündchen, conhecida por seu estilo de vida natural, utilizou a Hipnoterapia durante seus partos anteriores para reduzir a dor e evitar anestesias. A técnica, que combina relaxamento profundo e sugestões mentais positivas, ajuda a controlar a percepção da dor e reduzir a ansiedade durante o trabalho de parto.

O Hipnoterapeuta Felipe Gonzalez explica que o medo e a tensão intensificam a dor, e a Hipnoterapia atua eliminando esses fatores, permitindo um parto mais tranquilo e consciente.

Os principais benefícios incluem:

  • Controle natural da dor sem medicação
  • Redução da ansiedade e do medo
  • Parto mais humanizado e consciente
  • Recuperação mais rápida, com menos intervenções médicas

A técnica tem se tornado uma opção bastante popular entre mulheres que buscam uma experiência de parto mais respeitosa e equilibrada.

Deixo a seguir uma parte do material publicado pelo Terra.

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Reportagem publicada pelo Terra

Descubra a hipnoterapia, técnica adotada por Gisele Bündchen

Supermodelo é defensora da medicina natural e usou a técnica durante seus partos anteriores. Saiba como funciona!

Grávida de seu terceiro filho, a supermodelo Gisele Bündchen é conhecida por suas escolhas naturais e humanizadas, inclusive durante o parto. Nas gestações anteriores, Gisele utilizou a hipnoterapia, uma técnica que combina relaxamento profundo e sugestões mentais para aliviar as dores do trabalho de parto, permitindo que ela abrisse mão de anestesias.

Reprodução Instagram Foto: Revista Malu
Reprodução Instagram Foto: Revista Malu

Embora não tenha falado publicamente sobre os planos para esta nova gestação, acredita-se que Gisele recorrerá novamente à hipnoterapia, dado o sucesso de suas experiências anteriores com partos naturais.

O que é a hipnoterapia no parto?

A hipnoterapia usa técnicas de relaxamento e afirmações positivas para ajudar a gestante a enfrentar o trabalho de parto com menos dor e ansiedade. O hipnoterapeuta clínico Felipe Gonzalez explica que o método atua no controle do sistema nervoso e na percepção da dor.

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Reportagem na fonte:
https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/comportamento/descubra-a-hipnoterapia-tecnica-adotada-por-gisele-bundchen,0caf48939f020fcbe172fccd5fca732c99823h93.html

Como apagar – parte – das marcas da violência doméstica

Como apagar – parte – das marcas da violência doméstica

Superando traumas da violência doméstica com Hipnose

A reportagem de O Dia mostra que a violência doméstica deixa marcas profundas, como ansiedade, depressão, pânico e fobias. A Hipnose tem se mostrado uma solução eficaz para ajudar vítimas a superarem esses traumas de forma rápida e definitiva. A técnica não apaga as memórias, mas elimina as emoções negativas associadas, permitindo que você siga sua vida sem o peso do passado.

Com acompanhamento profissional, é possível aliviar o sofrimento, recuperar a autoestima e retomar o equilíbrio emocional. Busque apoio e descubra como a Hipnoterapia pode transformar sua vida.

“A Hipnose não apaga a memória do paciente, mas auxilia para que as lembranças não afetem mais a qualidade de vida. Após o tratamento, mesmo que alguém questione a vítima sobre o fato da violência doméstica, imediatamente a lembrança virá à mente, mas sem nenhuma emoção negativa do fato em si”, diz. – Recorte da reportagem com o comentário de Michael Arruda, presidente da OMNI Brasil, centro de treinamento internacional de Hipnoterapia.

Como denunciar

Se você perceber que alguma mulher está sofrendo violência doméstica, o número da Central de Atendimento à Mulher é 180, válido em todos os estados e no exterior. O serviço funciona 24h e recebe denúncias, dá orientação de especialistas e faz encaminhamento para serviços de proteção e auxílio psicológico. A ligação é gratuita.

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Jornal O Dia

Como apagar - parte - das
marcas da violência doméstica

A violência de gênero tem números alarmantes no Brasil. Quando não há fatalidade, as vítimas carregam as marcas psicológicas e emocionais – e precisam de ajuda profissional, como psicólogos e terapeutas em geral. Recentemente, a Hipnose passou a ser uma opção para essas mulheres, como explica Michael Arruda, que usa a técnica para livrar as pacientes de fobias e traumas

Hipnose segunda Bete / ARTE KIKO

Rio – A partir de 2006, com a chegada da Lei Maria da Penha, ficou mais claro para a sociedade perceber a violência de gênero. Quando não há fatalidade, as vítimas carregam as marcas psicológicas e emocionais. Nessa hora, é imprescindível uma ajuda profissional, como psicólogos, terapeutas em geral e, mais recentemente, as vítimas têm buscado ajuda na Hipnose. Para o Hipnoterapeuta Michael Arruda, a técnica, que nem sempre vem à cabeça quando se procura ajuda para superar os traumas decorrentes da violência doméstica, pode ser uma boa saída para essas mulheres.

“Na mente de muitas dessas mulheres, registros traumáticos se instalam, o que acarreta sentimento de culpa, depressão, vergonha, medo, ansiedade, frustração, síndromes, fobias, pânicos, sintomas físicos (vistos na pele, cabelos etc) e até mesmo negação à própria violência. Além desses aspectos, a pessoa vive conflitos de relacionamentos sociais, pessoais, e isolamento e inseguranças fazem com que cada vez mais a pessoa se vitimize e se sinta infeliz. O tratamento com a Hipnose direciona o estado mental da pessoa para superar esse trauma“, comenta Michael Arruda, presidente da OMNI Brasil, centro de treinamento de Hipnoterapia.

Reportagem na fonte:
https://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro/2022/01/6311633-como-apagar-parte-das-marcas-da-violencia-domestica.html

Dieta da Hipnose: Madrinha de Bateria Elimina 12 kg para o Carnaval

Dieta da Hipnose: Madrinha de Bateria Elimina 12 kg para o Carnaval

Madrinha de Bateria aposta na Dieta da Hipnose para cruzar o Anhembi de forma natural

Na reportagem de O Globo, Dieta da Hipnose – 22/11/2024 ​, a madrinha de bateria da Acadêmicos do Tatuapé, Carmen Reis, está decidida a causar um impacto inédito no Carnaval deste ano: atravessar o sambódromo do Anhembi com o corpo 100% natural. Em uma época em que os padrões de beleza ainda pressionam muitas mulheres, Carmen escolheu adotar um caminho alternativo e sustentável para cuidar de si mesma. Entre suas principais iniciativas está a “dieta da Hipnose”, uma técnica que tem ganhado adeptos famosos pelo mundo.

Carmen relata que decidiu retirar preenchimentos e procedimentos estéticos, buscando um corpo natural e uma saúde equilibrada. Para isso, ela encontrou na hipnoterapia uma aliada poderosa. A chamada “dieta da Hipnose” combina princípios da Hipnose com estratégias alimentares, ajudando os praticantes a reprogramarem a mente para evitar compulsões alimentares e escolhas pouco saudáveis.

Desde o início do processo, Carmen já perdeu 12 kg e afirma que os resultados vão além do aspecto físico. “Eu era viciada em doces, e foi a primeira coisa que consegui cortar com a ajuda da Hipnose. Agora, sinto menos fome e mais controle sobre as minhas escolhas alimentares“, comemora. Mais do que emagrecer, a Hipnose tem permitido à madrinha uma jornada de autoconhecimento, compreendendo as emoções que impulsionavam seus hábitos alimentares.

Eu sempre sonhei em ter um corpo natural e saudável, e queria um processo que fosse sustentável para minha rotina. A dieta da Hipnose tem sido uma grande aliada nesse caminho. Desde que comecei, sinto que minha relação com a comida mudou completamente“, explica Carmen.

Carmen Reis é madrinha de bateria da Acadêmicos do Tatuapé — Foto: Divulgação/CO Assessoria

Carmen Reis é madrinha de bateria da Acadêmicos do Tatuapé
Foto: Divulgação/CO Assessoria

Celebridades como Adele, Jennifer Aniston e Lily Allen também já aderiram ao método para conquistar um emagrecimento saudável e duradouro. No Brasil, Carmen espera inspirar outras mulheres a explorarem soluções que priorizem o bem-estar e não apenas a estética.

Sua preparação para o Carnaval inclui ainda uma rotina intensa de exercícios físicos e cuidados com a pele. Apesar das críticas que enfrentou no ano passado relacionadas ao corpo e à idade, Carmen está determinada a mudar essa narrativa. “Nesse Carnaval, quero me reinventar. Quero que as pessoas me vejam pelo meu esforço e dedicação, e não por estereótipos“, afirma.

Para Carmen, o desfile não é apenas sobre beleza, mas também sobre autoestima e autenticidade. “Não é sobre padrões ou expectativas externas, mas sobre me sentir bem comigo mesma. O Carnaval é a celebração máxima da nossa cultura, e quero que meu corpo seja um reflexo de quem eu sou: forte, dedicada e completamente natural“, conclui.

Com uma história marcada por coragem e inovação, Carmen Reis promete atravessar o Anhembi com brilho, confiança e a inspiração de quem escolheu valorizar a saúde e o amor-próprio.

Eu sempre sonhei em ter um corpo natural e saudável, e queria um processo que fosse sustentável para minha rotina. A dieta da Hipnose tem sido uma grande aliada nesse caminho. Desde que comecei, sinto que minha relação com a comida mudou completamente“, explica Carmen.

Hipnose no Controle da Dieta

A Hipnose pode auxiliar na relação entre o individuo e a alimentação, podendo combinar técnicas de Hipnose com estratégias alimentares personalizadas com o auxílio de um nutricionista, por exemplo. O objetivo é ressignificar padrões de comportamento que levam à compulsão alimentar, exageros ou escolhas pouco saudáveis. Através da Hipnose, é possível identificar os gatilhos emocionais por trás da alimentação e criar novos hábitos.

Benefícios que Vão Além do Emagrecimento

O caso de Carmen mostra que a Hipnoterapia vai muito além do peso na balança. A técnica fornece:

Autoconhecimento

Identificar e transformar emoções que influenciam comportamentos emocionais.

Redução da Ansiedade

Diminuir a compulsão alimentar e criar uma relação saudável com a comida.

Sustentabilidade

Promover mudanças rigorosas e evitar o efeito sanfona.

Inspire-se e Transforme Sua Vida

O Carnaval é mais que uma festa: é uma celebração do esforço, dedicação e amor-próprio. Carmen Reis nos lembra que mudanças significativas acontecem quando cuidamos de nós mesmos de forma integral, valorizando o corpo e a mente.

Se você também busca transformar sua relação com a alimentação, superar desafios ou alcançar objetivos de forma equilibrada, a Hipnoterapia pode ser uma solução. Explore essa ferramenta poderosa e descubra um novo caminho para o bem-estar.

VÍDEO | Cirurgia para retirada de um câncer apenas com anestesia Hipnótica, sem anestesia geral.
Créditos Globo Programa Fantástico

REPORTAGEM | Leia a Reportagem que inspirou esta publicação direto da fonte:

https://oglobo.globo.com/ela/gente/noticia/2024/11/22/dieta-da-hipnose-madrinha-de-bateria-revela-que-hipnoterapia-ajudou-a-perder-12-kg-para-o-carnaval.ghtml

Cada um sente diferente

Por Renato Martinelli

Cada um sente diferente

Cada indivíduo tem sua própria maneira de sentir e experimentar emoções, moldada por uma combinação complexa de experiências de vida, personalidade e biologia. A empatia desempenha um papel crucial na compreensão dessas diferenças e na conexão com os outros.

Ao reconhecer e respeitar as emoções únicas de cada pessoa, podemos construir relacionamentos mais fortes e significativos. A empatia nos permite entrar no universo emocional de outra pessoa, mesmo que temporariamente, o que pode ajudar a dissipar mal-entendidos e promover a compreensão mútua.

Foto: Aquivo Pessoal

Além disso, ao manter uma mente aberta para diferentes perspectivas emocionais e mentais, enriquecemos nossa própria compreensão do mundo e promovemos um ambiente mais inclusivo e acolhedor. Isso não apenas beneficia as relações interpessoais, mas também contribui para o bem-estar emocional e mental de todos os envolvidos.

A Hipnoterapia pode promover o autoconhecimento, potencializar o desenvolvimento pessoal,  a saúde mental e física.

Reportagem na fonte:
https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude-mental/hipnose-funciona-saiba-em-que-casos-a-tecnica-tem-eficacia-comprovada,1c569a015c7215caf24ec49449c9cb5b4d687gra.html

Hipnose funciona? Saiba em que casos a técnica tem eficácia comprovada

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Reportagem
Redação Terra Você

Hipnose funciona?

Saiba em que casos a técnica tem eficácia comprovada

Foto: iStock

A Hipnoterapia ganha credibilidade no tratamento das mais variadas disfunções físicas e mentais, segundo especialista

Reconhecida pelos conselhos de Medicina, Psicologia, Odontologia, Fisioterapia e Enfermagem e até pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a Hipnose se transformou em uma ferramenta extremamente eficaz no tratamento de várias patologias, condições físicas e emocionais.

De acordo com a Terapeuta Holística e Hipnoterapeuta Cristiane Comerian, do Instituto Lírios de Saúde e Bem-estar, a Hipnoterapia vem sendo cada vez mais utilizada em processos terapêuticos de cura e transformação pessoal, para auxiliar na mudança de hábitos.

A terapeuta explica que a Hipnose é um estado de consciência alterado que envolve atenção focada e consciência periférica. Durante a sessão, que dura em torno de meia hora, o profissional induz o paciente a um estado de relaxamento profundo, que lhe permite explorar questões subconscientes, tornando a pessoa mais receptiva a ideias e mudanças comportamentais.

A terapeuta explica que a Hipnose é um estado de consciência alterado que envolve atenção focada e consciência periférica. Durante a sessão, que dura em torno de meia hora, o profissional induz o paciente a um estado de relaxamento profundo, que lhe permite explorar questões subconscientes, tornando a pessoa mais receptiva a ideias e mudanças comportamentais.

“No Estado Hipnótico,
a pessoa não está adormecida,
nem inconsciente, apenas relaxada”

Cristiane

Qualquer que seja o seu uso, entretanto, a hipnose não é usada como tratamento único, e sim como complemento. Ela ressalta que não existe contra indicação. “É um procedimento totalmente seguro se executado da maneira correta e por um profissional qualificado”, diz.

De acordo com a profissional, a hipnose clínica tem mostrado bons resultados para tratamento de vícios, como exemplo, o tabagismo, e de distúrbios mentais, como ansiedade, fobias, compulsões, assim como disfunções físicas como dores crônicas, para redução do estresse e até para colocação de balão gástrico para emagrecimento.

Segundo Cristiane, além dos benefícios mais conhecidos, a Hipnose vem fazendo a diferença também no bem-estar de pacientes, proporcionando sono de qualidade, além de superação de traumas e insegurança.

Apesar dos resultados duradouros, em algumas situações, a hipnose precisa ser feita mais de uma vez para fortalecimento da nova ideia. É por meio da comunicação que se é modificada a nova sugestão”, destaca a terapeuta. “De qualquer forma, por meio da anamnese podemos avaliar qual a melhor técnica a ser usada”, conclui.

Reportagem na fonte:
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O lado sério da Hipnose

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Guilherme Pavarin e Tiago Mali
Revista GALILEU

O lado sério da Hipnose

A ciência explica como a técnica tem ajudado pacientes a deixar de fumar, perder peso, combater estresse e tratar dores crônicas

A psicóloga Lina Schlachter ouve gritos vindos da emergência do centro médico da Universidade de Tennessee, nos Estados Unidos, e se apressa. No corredor do setor de traumas, depara-se com um mecânico de 42 anos urrando de dor. Ele teve a perna direita destroçada após um acidente em uma das fábricas da região e está imobilizado, suando muito. Após encontrar com Lina, pouco a pouco, os gritos do paciente se transformam em gemidos, cada vez mais baixos. Dez minutos depois, ele relata que a dor, antes insuportável, não o incomoda mais. No lugar, diz haver apenas um formigamento. Tudo isso, sem nenhum sedativo.

A cearense Lina, doutora em psicologia clínica pela Universidade do Tennessee, não faz mágica. “Foram exercícios de respiração e uma série de sugestões para que ele se concentrasse, pensasse no lugar de que mais gosta de passear e começasse a relaxar”, diz. O caso do acidente, apresentado em uma conferência médica nos Estados Unidos em 2008, é um exemplo de como a medicina tradicional tem se aliado a certas técnicas de Hipnose para combater diversos problemas de saúde. Ele se soma a uma série de pesquisas publicadas em alguns dos periódicos científicos mais rigorosos do mundo, como Science, The Lancet e Proceedings of the National Academy. E o que esses estudos afirmam? Que dá, sim, para tratar dores crônicas, insônia, enxaqueca, obesidade, vícios, fobias, doenças de pele, entre outros males, com Hipnose. Mas não é aquela Hipnose de estalar dedos e fazer com que o problema desapareça. São sessões com método definido, em tratamentos que podem levar meses.

Não à toa, há cada vez mais cientistas e pesquisadores “Hipnotizados” pelo tema. O número de estudos publicados por ano sobre o assunto cresceu 50% na última década, chegando a 280 só em 2009 (último ano com números fechados), segundo o banco de dados científico Pubmed. Entre as pesquisas recentes, destaca-se levantamento com 124 mulheres realizado em 2010 na Universidade de Stanford que constatou que a prática da Hipnose pode atenuar o sofrimento de pacientes com câncer de mama. Outro trabalho, feito em 2008 na Universidade da Califórnia, avaliou fumantes que usaram a técnica para largar o cigarro — o grupo de Hipnotizados teve 50% mais sucesso no tratamento em relação ao outro time.

Quem Hipnotiza hoje não são showmen com ar sombrio, jeito de ilusionista e papo de charlatão. Os novos Hipnotizadores têm diploma de médico, psicólogo ou dentista, e preferem ser chamados de Hipnólogos. Não se encontram em programas de variedades, mas em locais como o Hospital das Clínicas, o A.C. Camargo e o São Camilo, todos em São Paulo, além de clínicas médicas renomadas. “A prática vem crescendo bastante no Brasil, principalmente contra problemas de somatização, quando uma doença se manifesta ou se agrava por causa de algum distúrbio emocional. Os conselhos federais de medicina, psicologia, odontologia e fisioterapia já a aprovam”, diz a psicóloga Miriam Pontes, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Hipnose, que conta com 2 mil profissionais associados em todo o Brasil.

Victor Affaro

BISTURI SEM ANESTESIA

Ao saber que teria de arrancar um nódulo mamário no seio, a diarista Andreia Peres Maranhão, 34 anos, ficou com medo de não conseguir mais amamentar. Ela havia acabado de ter um bebê e, com o efeito dos anestésicos, o leite poderia ser comprometido. Quando a anestesista Cristiane Hikiji lhe contou sobre a possibilidade de realizar anestesia por Hipnose, Andreia decidiu experimentar. Foram 12 sessões preparatórias até a cirurgia. “Já tinha tirado outro tumor no seio e foi difícil recuperar, mas com a Hipnose foi rapidinho, não doeu em nenhum momento”.

Como funciona

Olhe fixamente nos meus olhos e esqueça toda aquela ideia de pêndulo, comer cebola achando que é maçã, cocoricar feito um galo e outras pirotecnias. Cientificamente falando, a Hipnose é um estado em que a percepção, a memória e as ações de alguém podem ser alteradas por sugestão de outra pessoa. Alguns têm facilidade imensa em serem Hipnotizados; outros, raramente conseguem. “O indivíduo fica consciente, mas o cérebro temporariamente suprime as tentativas de confirmar as informações vindas dos sentidos. O senso crítico baixa e há uma atenção maior no que o hipnotizador sugere”, diz Osmar Colás, coordenador do Grupo de Estudos da Hipnose da Escola Paulista de Medicina. Trabalhada adequadamente, essa hiperatenção pode, por exemplo, fazer com que a gente ignore sensações enviadas pelo corpo. É como um jogador de futebol quando sofre uma pancada forte na perna durante a final do campeonato, mas continua jogando, só sentindo a dor depois do término da partida.

No cérebro, já descobrimos algumas das regiões onde esse fenômeno ocorre. Estudos com neuroimagens mostram que o giro do cíngulo anterior direito, uma área responsável por levar informações dos sentidos até a nossa parte racional, é atingido pela Hipnose. “A sugestão chega a essa região intermediária, que é quem vai decidir para onde vai a atenção, como se inoculasse um pensamento na cabeça da pessoa”, diz Mohamad Bazzi, médico brasileiro que estuda Hipnose há duas décadas. É ali que pesquisadores acreditam que a “autentificação” falha.

Foi provavelmente o que aconteceu com o mecânico citado no começo desta reportagem quando, após as repetidas sugestões, deixou de se focar na informação de dor da perna destroçada. O caso dele, no entanto, não é regra: apenas 10% da população mundial é altamente suscetível à Hipnose (veja como isso é medido no quadro abaixo). Para pessoas menos passíveis, leva-se tempo até chegar a um transe profundo — e, ainda assim, não há garantia de que ela consiga atingir esse estado. A diarista Andreia Peres Maranhão, 34 anos, por exemplo, precisou passar por 12 sessões durante um mês até estar pronta para uma cirurgia de retirada de um nódulo mamário, feita em transe Hipnótico. “Já tinha tido uma experiência ruim com anestesia antes e estava amamentando [a amamentação teria de ser interrompida por conta do uso do sedativo]”, diz.

Durante as sessões, a anestesista Cristiane Hikiji Nogueira fazia com que Andreia treinasse seu cérebro a desviar a dor. No começo, girava uma caneta em frente aos olhos da paciente, que começava a relaxar. Então, passava a espetar Andreia com agulhas finas e dizia que aquela região não seria mais sentida. Nas sessões seguintes, conforme ela ia conseguindo ignorar a dor, o diâmetro das agulhas aumentava até se aproximar do tamanho que seria equivalente ao bisturi. Os anestésicos tradicionais também foram preparados na operação, para o caso de emergências, mas se mostraram desnecessários. “Já fiz mais de 30 cirurgias só com Hipnose e nunca tive problemas”, afirma Cristiane, que Hipnotizou Andreia no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. Como toda essa preparação é demorada, a Hipnose na maioria das vezes acaba sendo a segunda opção, usada principalmente quando o paciente tem pavor ou alergia à anestesia.

Também é possível juntar as duas coisas: Hipnose e anestésicos. Foi o que fez a professora paulistana Gabriela Talarico, 32 anos, ao retirar dois dentes do siso. Gabriela, que tinha medo demais de anestesia, estava em pânico quando chegou ao consultório do dentista Marcelo Martins. Com repetidas sugestões de relaxamento, Martins fez Gabriela entrar em transe, ficando menos suscetível às reações de dor, e administrou apenas um terço da quantidade normal de anestésico. “Como não houve preparação, a Hipnose não foi tão profunda, mas foi o suficiente para acalmá-la e obter melhorias de cicatrização e de controle de sangramento”, afirma.

No Centro de Dor do Hospital das Clínicas de São Paulo, técnicas mais longas são ensinadas para lidar com dores crônicas como enxaqueca e fibromialgia. “Ensinamos exercícios de Auto-Hipnose para que os pacientes repitam em suas casas”, diz Adriana Loduca, psicóloga do hospital. Uma das técnicas começa com exercícios de respiração em seis etapas e depois evolui para concentração em algum tipo de imagem, para que o cérebro se desvie da dor.

Victor Affaro
TERAPIA CONTRA O FUMO

Acostumado a fumar um maço de cigarros por dia, o auxiliar de enfermagem Anderson Soares da Silva, 34 , tentou usar adesivos e remédios para parar. “Ficava irritado demais.” Ele se livrou do vício no fim de 2009, quando experimentou a Hipnose aliada à psicoterapia por três meses. Nas sessões, o médico Luiz Velloso pedia para que ele imaginasse o cheiro forte do cigarro na sala vazia até se tornar algo incômodo. Depois, sugeria imagens de praias paradisíacas e mensagens metafóricas para reforçar sua força de vontade em largar o fumo. “Nunca mais senti vontade”, afirma.

A ciência da Hipnose

Apesar de impressionantes, exemplos desse tipo eram antes encarados com ceticismo por acadêmicos. Como provar que não se tratava de efeito placebo, ou que alguns desses casos não eram forjados? A maior parte dessas dúvidas caiu em 1998, quando os cientistas com Ph.D. Stephen Kosslyn, da Universidade de Harvard, e David Spiegel, de Stanford, usaram o PET (tomografia por emissão de pósitrons, um exame de imagem sofisticado) para “fotografar” a Hipnose. Eles sugestionaram indivíduos a enxergarem cores em um painel preto e branco e constataram que os cérebros agiam como se realmente existissem cartazes coloridos na frente. “O fluxo sanguíneo no cérebro repetiu o padrão de quando a pessoa enxerga colorido. Ou seja, o cérebro estava realmente ‘vendo’ aquilo”, diz Spiegel, que estuda hipnose desde os anos 1970.

Considerado um divisor de águas, o estudo gera frutos até hoje. Tanto que, em 2010, o pesquisador Devin Terhune, de Oxford, usou um princípio parecido para mostrar como a Hipnose poderia ser usada para um feito antes tido como impossível: reverter a sinestesia. A doença rara leva a uma confusão de sentidos no cérebro, como, por exemplo, enxergar imagens inexistentes ao ouvir determinados sons. No caso da voluntária tratada pelo experimento, cores fortes surgiam no seu cérebro todas as vezes em que ela via um rosto. Induzindo o transe, Terhune desviou o “caminho cerebral” durante o fenômeno fazendo com que ela ignorasse as cores que apareceriam em sua mente. Um eletroencefalograma confirmou o efeito. “Ela relatou que não tinha mais espasmos de cor ao ver faces e, ao mesmo tempo, a área ligada à confusão mental no cérebro reduziu sua atividade elétrica”, afirma Terhune. O pesquisador ressalva que tudo isso só funcionou porque a voluntária era altamente Hipnotizável.

Victor Affaro

RETIRADA DE SISO DURANTE O TRANSE

Toda vez que ouvia falar em anestesia no dentista, a professora Gabriela Talarico, 32 anos, sentia a espinha arrepiar. Quando soube que teria que arrancar dois sisos, não conseguiu disfarçar a tensão. Para acalmá-la, o odontologista Marcelo Martins pediu para fazer alguns exercícios de Hipnose e teve uma resposta positiva. “Não doeu nada na hora ou depois”, diz Gabriela. “Senti uma calma fora do comum.” As sugestões Hipnóticas, segundo Martins, ainda fizeram a cicatrização ser três dias mais rápida e potencializaram o efeito do anestésico, usado em um terço da quantidade habitual.

Psicologia a mais

Atacar a dor é o efeito mais conhecido dessa reorganização mental, mas está longe de ser o único. A maior parte das possibilidades está na área de distúrbios psicossomáticos e comportamentais. Males como insônia, fobias, hipertensão e obesidade muitas vezes estão bastante relacionados a fatores psicológicos. É nesses casos — e não em todos — que a Hipnose pode dar uma boa ajuda. Foi o que mostrou em 1995 Irving Kirsch, um dos maiores especialistas em Hipnose clínica do mundo e Ph.D. em psicologia pela University of Southern California. Em uma grande revisão de estudos, Kirsch constatou que a prática melhorava, em 70% dos casos, os efeitos positivos das terapias baseadas em psicologia cognitivo-comportamental, que é a forma mais popular e difundida de tratamento para esses problemas.

A relações-públicas Simone Araújo, 35 anos, comprovou esse benefício. Ela sofre de dermatite atópica, uma doença incurável que provoca descamação, coceira e manchas avermelhadas pelo corpo, e que piora em momentos de estresse. Após tentar uma série de tratamentos e tomar dezenas de remédios, ela conseguiu uma grande melhoria do problema usando Hipnose aliada à psicoterapia. “Era minha última esperança. Antes, estava difícil até mesmo abraçar meus filhos porque eu sentia muita dor com a pele machucada. Hoje abraço, beijo e levo até beliscão”, diz Simone.

Ela trabalhou sua ansiedade nas sessões de Hipnose. Fazia uma série de exercícios de respiração que estimulavam o seu relaxamento até entrar em transe. Esse estado era realçado por instruções para imaginar situações de tranquilidade. “Amenizava a ansiedade, era como uma boa noite de sono. Sentia uma melhora grande até a próxima sessão.” O humor de Simone melhorava e, depois do segundo mês, as manchas também.

Se ajuda na parte psicológica, a Hipnose também tem efeito contra vícios como o tabaco e pode ser usada contra transtornos obsessivos compulsivos. Para o auxiliar de enfermagem Anderson Soares da Silva, 34 anos, a Hipnose foi o componente que faltava em seus tratamentos. Antes, ele havia tentado largar o cigarro com adesivos e até antidepressivos, mas ficava no máximo dois dias sem fumar. “Só deu certo quando juntei Hipnose a outros remédios. Foi um processo de dois a três meses até conseguir parar definitivamente”, diz Anderson Soares, que conta um ano sem cigarros.

Victor Affaro
SEM ESTRESSE

Logo depois que terminou a faculdade, a publicitária carioca Fabríssia Lima, de 23 anos, passou a enfrentar crises de ansiedade devido às pressões do trabalho. “Sentia muita angústia, ficava asfixiada, não conseguia frequentar lugares fechados, nem andar de metrô.” Por sugestão de uma conhecida, procurou a psicóloga Miriam Pontes para tentar dar uma aliviada no estresse e na tensão. Em menos de quatro meses, com uma sessão de Hipnose por semana, Fabríssia notou grandes melhorias no humor e na sua capacidade de concentração.

Perder peso

Imagine se alguém lhe dissesse que, para emagrecer, não seria necessário fazer cirurgia de estômago, mas apenas fingir ter feito uma? Pois é mais ou menos esse o tratamento já vendido a 500 pacientes por cerca de R$ 3.400 na clínica de Hipnose Elite, em Málaga, Espanha. A terapia também diz usar esse efeito psicológico da Hipnose. “O paciente é sugestionado a pensar que passou por uma cirurgia de redução de estômago”, diz o Hipnólogo espanhol Martin Shirran, sócio da empresa. Para aumentar o poder de persuasão, é armada uma espécie de teatrinho, simulando no ambiente cheiro, tato e sons típicos de um procedimento em uma sala de cirurgia. No final, diz Shirran, o paciente fica com uma imagem no inconsciente de que o estômago está menor, uma espécie de alucinação, e sente que não suporta muita comida. O tratamento virou febre no Reino Unido depois de ter sido usado pela cantora Lily Allen e pela ex-Spice Girl Geri Halliwell.

O arquiteto Felipe Caribe diz ter obtido sucesso com uma experiência parecida em Curitiba. Após várias outras tentativas, ele diz ter emagrecido 14 quilos em três meses de sessões de psicoterapia somadas à Hipnose. “Fui sugestionado a sentir que existe um balão inflado dentro do meu estômago que me impede de comer muito”, diz Caribe, que ainda tem 103 quilos e 1,80 m. Apesar da ideia extravagante, há estudos sérios mostrando que a Hipnose pode, sim, em casos relacionados à ansiedade, ajudar na redução de peso — embora nenhum cite esse tipo de “cirurgia Hipnótica”.

Futuro das pesquisas

Um dos próximos passos da ciência da Hipnose se aproxima um pouco do teatrinho da clínica espanhola. Há um grupo de cientistas ingleses da Universidade de Greenwich estudando como um ambiente de realidade virtual pode potencializar os efeitos da prática. Outra frente de pesquisadores tenta entender as características genéticas que levam algumas pessoas a serem mais Hipnotizáveis que outras. Pelo menos quatro estudos já mostraram que um gene chamado COMT está relacionado à suscetibilidade, mas sua ação exata ainda não é totalmente compreendida.

Há também vários grupos de estudo que desejam simular doenças por meio de Hipnose para entendê-las melhor. Um dos líderes dessa corrente é o britânico David Oakley, Ph.D. em psicologia clínica e professor da University College London. Ele publicou uma revisão de iniciativas na área em 2009, em que reúne experimentos nos quais pessoas são Hipnotizadas para sentir alucinações auditivas, calor e tipos diferentes de dor, fazendo com que o cérebro simule algo imaginário. Esses estados cerebrais induzidos poderiam ser usados em um ambiente controlado para entender melhor como algumas doenças afetam as pessoas. Uma que já está sendo pesquisada é o transtorno de conversão, que pode gerar paralisia, cegueira e dificuldades motoras.

Outros estudos interessantes são desenvolvidos pelo neurocientista israelense Avi Mendelsohn, que mostrou como o cérebro de pessoas suscetíveis ao esquecimento após a Hipnose (10% da população) pode bloquear a ativação da memória. Seus estudos também apontam a possibilidade de criar lembranças falsas. “No futuro acredito que muitos poderão usar a Hipnose para bloquear as memórias que estão perturbando suas vidas, ou ao menos suprimir emoções ruins ligadas a essas recordações”, afirma.

Cuidados

Há muito de hi-tech nas novas pesquisas, mas o que a maioria dos cientistas da área ainda quer é confirmar a eficácia do tratamento para outros tipos de doenças. “Há um esforço em melhorar a qualidade dos estudos. Alguns são bons, mas boa parte ainda precisa se adequar a padrões de qualidade mais altos para não serem contestados”, afirma Donald Robertson, diretor do UK College of Hypnosis & Hypnoterapy, que revisou dezenas de estudos sobre o tema.

Com mais e mais livros a respeito (só na Amazon, foram registradas 660 novas publicações em 2010), há a tentação de se “provar” rapidamente a eficácia contra vários males. “Temos que entender que a Hipnose não é uma panaceia, não tem nada de milagroso. Para a maioria das pessoas, só funciona junto com outras técnicas e em um tratamento prolongado. Ninguém vai dizer ‘pronto, a partir de agora você não fuma mais’. Isso não existe”, diz Mohamad Bazzi.

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https://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI198264-17773,00-O+LADO+SERIO+DA+HIPNOSE.html

Como Hipnose pode ser usada para reduzir anestesia, segundo médicos

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Laura Plitt
BBC News Mundo

Como Hipnose pode ser usada para reduzir anestesia, segundo médicos

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A Hipnose pode ser empregada em procedimentos menos complexos, em combinação com medicamentos e anestesia local, segundo médicos

“Pense em um lugar lindo, tranquilo e seguro e fique confortável”, diz uma suave voz feminina, em um tom propício para convidar as pessoas a se acalmarem.

“Agora, inspire bem lentamente e solte o ar bem devagar, suavemente”, prossegue, com a mesma serenidade do princípio.

Esta voz é parte de uma série de áudios publicados na página do Colégio Real de Anestesistas do Reino Unido (RCoA, na sigla em inglês). A entidade publicou recentemente um apelo para que estas gravações sejam mais utilizadas nos momentos que antecedem intervenções cirúrgicas.

A ideia é conduzir o paciente, por meio da Auto-Hipnose, a um estado de relaxamento para reduzir seu nível de ansiedade antes de entrar na sala de cirurgia.

O objetivo das gravações é servir também de “recurso (elaborado, testado e modificado considerando seus resultados) a ser oferecido aos pacientes, em vez de recomendar a eles que procurem as informações na internet”, segundo conta à BBC News Mundo (serviço em espanhol da BBC) a pediatra e anestesista Samantha Black, que colaborou para o desenvolvimento dos áudios.

As evidências indicam, segundo ela, que esta preparação psicológica prévia (ao lado da ingestão de alimentos nutritivos e da prática de exercícios físicos) melhora os resultados da cirurgia.

Outros países europeus e os Estados Unidos deram um passo adiante: em alguns hospitais, esta técnica não é utilizada antes, mas também durante a cirurgia.

Diversos estudos e testes clínicos aleatórios (alguns deles, elaborados nos Estados Unidos, Bélgica e França) demonstraram que o uso da Hipnose – também chamada de Hipnossedação ou hipnoterapia – ajuda a reduzir a dose de anestésicos durante as intervenções cirúrgicas, bem como o tempo e a necessidade de calmantes no período de recuperação.

'Filtrar a dor'

A Hipnose é um estado em que a atenção é altamente concentrada. A consciência da pessoa sobre o que acontece ao seu lado é limitada.

Geralmente, este estado é atingido com a ajuda de outra pessoa que nos orienta com suas palavras até induzir o transe hipnótico. Mas também é possível praticar a auto-hipnose.

No estado Hipnótico, a pessoa não está adormecida, nem inconsciente – apenas relaxada.

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O professor David Spiegel compara o Estado Hipnótico com o que ocorre quando ficamos totalmente compenetrados vendo um filme

“Você se desconecta, dissocia-se do que acontece na periferia da sua consciência e entra em um estado de flexibilidade cognitiva”, explica o professor David Spiegel, do Departamento de Psiquiatria e Ciências do Comportamento da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos. “Você está mais aberto a experimentar ideias e ter novas experiências, deixando de lado sua forma habitual de fazer as coisas.”

No contexto da cirurgia, o paciente é levado a dirigir sua atenção para outro lugar que não seja o seu corpo. Esta técnica é empregada “para reestruturar a experiência do procedimento cirúrgico”, acrescenta ele.

Em outras palavras, você instrui o seu cérebro a “filtrar a dor, literalmente ignorando a sensação e concentrando-se em estar em outro lugar”.

Spiegel é líder em pesquisas sobre hipnose clínica. Ele compara este estado com assistir a um filme que nos fascina e nos absorve por completo, a ponto de nos fazer esquecer, por alguns momentos, que somos parte do público, de tão compenetrados que ficamos com o drama que se desenvolve na tela.

O mesmo processo acontece quando entramos no automóvel e dirigimos para algum lugar, segundo a professora Elizabeth Rebello, do Departamento de Anestesiologia e Medicina Perioperatória do Centro Oncológico M. D. Anderson, no Texas (Estados Unidos).

“Enquanto dirige, você está pensando no que precisa fazer durante o dia, algo sobre a sua família e, de repente, percebe que já chegou”, explica ela. “Isso é um pouco do que faz a hipnose.”

Efeito no cérebro

Tecnicamente falando, a hipnose gera três efeitos no cérebro. Spiegel afirma que já observou estas mudanças em estudos de imagem por ressonância magnética funcional (IRMf) durante suas pesquisas:

1. Existe uma redução da atividade na zona dorsal do córtex cingulado anterior, uma região do cérebro que nos ajuda a manter a atenção sobre o que acontece ao nosso redor.

2. Ela aumenta a conexão entre duas regiões do cérebro (o córtex pré-frontal dorsolateral e a ínsula). Esta conexão “cérebro-corpo” ajuda o cérebro a processar e controlar o que acontece no corpo.

3. As conexões entre o córtex pré-frontal dorsolateral e a rede neuronal são reduzidas, o que provavelmente representa uma desconexão entre as ações de uma pessoa e a consciência sobre as suas ações (como ocorre quando estamos fazendo algo sem realmente pensar no que estamos fazendo). Esta dissociação permite à pessoa responder às instruções durante a hipnoterapia sem dedicar recursos mentais para tomar consciência daquilo.

Complemento

O objetivo dos defensores do uso da hipnose na sala de cirurgia não é substituir a anestesia geral pela Hipnossedação em cirurgias de alta complexidade. A intenção é usá-la como complemento em intervenções mais simples e de menor duração, em conjunto com a anestesia local.

É precisamente o que vem fazendo, há vários anos, uma equipe de médicos e pesquisadores do Centro Oncológico M. D. Anderson, da Universidade do Texas.

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Cirurgia com Hipnossedação em um hospital da Bélgica, em 2004

Rebello e sua equipe utilizam a hipnossedação em pacientes que se submetem à tumorectomia – uma cirurgia para retirar uma massa tumoral cancerosa ou anormal da mama. Este procedimento normalmente é feito com anestesia geral.

Antes da hipnose durante a operação, os pacientes abertos a esta ideia fazem sessões prévias com o mesmo profissional.

Quando o paciente entra na sala de cirurgia, uma equipe interdisciplinar fica em comunicação constante e monitora os seus níveis de conforto, aumentando a medicação ou a anestesia local em função das suas necessidades.

“É um ambiente muito seguro, pois estamos em uma sala de cirurgia”, explica Rebello. “E, se for necessário passar para a anestesia geral, você tem ali todo o necessário.”

Ela enfatiza que esta é uma opção viável para alguns procedimentos, em um certo grupo de pacientes.

Benefícios

Os benefícios da hipnose são muitos, segundo os médicos consultados pela BBC News Mundo.

Além de reduzir a ansiedade antes e durante o procedimento, a hipnose permite diminuir a dose de anestesia e sedativos – e, consequentemente, as náuseas, vômitos e outros incômodos que afligem muitas pessoas.

Os pacientes também não ficam atordoados ou entorpecidos, como ocorre com a anestesia geral, e estão quase prontos para ir para casa quando o procedimento é finalizado.

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A Hipnose é empregada no campo da medicina há vários anos, mas ainda é rodeada de uma aura de pseudociência

Elizabeth Rebello também destaca que o uso da hipnose tem o potencial de reduzir o consumo de opioides, necessários em menor dose durante e após a cirurgia.

Outro benefício de evitar a anestesia geral quando for possível é que ela “pode causar déficit cognitivo a curto e a longo prazo”, segundo Lorenzo Cohen, diretor do Programa de Medicina Integrativa do Centro Oncológico M. D. Anderson, da Universidade do Texas.

“E, além disso, existem evidências de que ela causa supressão imunológica, o que não queremos que aconteça quando tentamos controlar o crescimento do câncer”, explica o médico, em referência às tumorectomias (cirurgias para a remoção de nódulo) realizadas na sua instituição.

Desvantagens

Com todas as vantagens da Hipnossedação, resta perguntar por que ela continua sendo uma prática clínica pouco utilizada, mesmo ganhando terreno nos últimos anos.

Um dos obstáculos é que nem todas as pessoas podem ser hipnotizadas.

“É uma característica permanente, como o coeficiente intelectual”, segundo Spiegel. “Em certa medida, a maioria das pessoas é suscetível à hipnose. Mas existem 25% dos adultos que não são.”

Ele acredita que esta variabilidade pode ter causas genéticas.

Além disso, os profissionais precisam dedicar mais tempo de treinamento aos pacientes que se preparam para a cirurgia e monitorá-los com mais cuidado durante a operação.

Outras opiniões contrárias indicam que o uso da hipnose não é indicado para cirurgias de maior porte, envolvendo órgãos internos, e de longa duração. Nestes casos, a dor seria insuportável.

E também não se pode esquecer que, embora haja numerosos estudos publicados em meios científicos reconhecidos confirmando sua eficiência em determinados contextos, a hipnose ainda carrega uma aura de pseudociência, mais próxima do mundo do entretenimento do que da medicina, desde a era vitoriana.

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Muitas pessoas associam a Hipnose à imagem típica do relógio ou pêndulo movendo-se diante dos nossos olhos – algo completamente fora da realidade

“Ela ainda carrega este estigma que vincula a hipnose aos programas de televisão do passado, mais do que ao mundo da medicina”, destaca Samantha Black. Mas ela acredita que esta visão esteja mudando lentamente, à medida que aumenta o acesso à hipnose e surgem novos cursos de treinamento sobre a prática para médicos e anestesistas.

David Spiegel acredita que a hipnose não é utilizada de forma mais ampla no campo da medicina porque, por trás desta metodologia, não existem grandes companhias farmacêuticas ganhando dinheiro com ela.

“Parte do problema é que não temos um bom modelo econômico para disseminar esta prática”, conclui o professor.

Reportagem na fonte:
https://www.bbc.com/portuguese/articles/cgr627d3nzyo

Os efeitos da Hipnose contra a depressão

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Hannah Seo 
The New York Times

Os efeitos da Hipnose contra a depressão

Foto: Dadu Shin

Hoje, a Hipnose, também chamada de Hipnoterapia, tem muito mais dados para respaldar seu uso em casos como ansiedade e depressão

Na década de 1770, um médico alemão chamado Franz Mesmer causou um alvoroço quando disse que poderia curar doenças físicas e mentais colocando as pessoas em transe para realinhar seus campos magnéticos. O “mesmerismo” ficou popular por cerca de uma década até ser publicamente desacreditado em 1784, embora alguns elementos da prática ainda persistiram.

Em 1841, o cirurgião escocês James Braid começou a usar uma técnica semelhante de atenção fixada para curar dores de cabeça, aliviar a dor e anestesiar os pacientes. Ele chamou isso de “Hipnose”, em homenagem a Hypnos, o deus grego do sono.

Hoje, a Hipnose, também chamada de Hipnoterapia, tem muito mais dados para respaldar seu uso em transtornos de saúde mental, como ansiedade e depressão. Estudos mostram que a técnica também pode ser um tratamento eficaz para problemas no sono, dor, síndrome do intestino irritável (SII) e para quem quer parar de fumar. Além disso, ainda é usada ocasionalmente como uma maneira de sedar pacientes para cirurgias usando pouca (ou nenhuma) medicação.

Mesmo com todas essas aplicações, a Hipnose parece não conseguir abandonar sua reputação de atração de circo – na qual você olha para um relógio de bolso e então começa a cacarejar como uma galinha – ou uma maneira de resgatar memórias perdidas e sondar “vidas passadas”. (O primeiro pode ser enganoso e o último é pseudociência.)

Especialistas dizem que a técnica requer diligência e foco, semelhante à atenção plena (mindfulness) e à meditação.

O que é Hipnose?

A maneira mais simples de descrever a Hipnose é como um estado de relaxamento profundo e atenção concentrada, onde sua mente fica mais receptiva a fazer mudanças sutis em sentimentos e comportamentos.

A intensa concentração e foco da Hipnose podem soar estranhos, mas, segundo a radiologista e fundadora da Comfort Talk, Elvira Lang:

– [Não é diferente de] estar absorto em um bom livro ou filme, navegar na internet ou se perder no telefone – explica. A empresa de Lang oferece um serviço que treina equipes médicas para reduzir a ansiedade e a dor em pacientes hospitalares usando linguagem hipnótica (chamada assim, porque as pessoas costumam ter medo do que ela chama de “a palavra com H”). Você fica absorto, menos consciente de seu ambiente físico ou sensorial, extasiado e ainda à vontade.

A Hipnose terapêutica formal tem algumas etapas. Primeiro, um hipnotizador tentará induzir um estado hipnótico fazendo com que você relaxe e se concentre em suas palavras. Assim que você for induzido, eles falarão com você através de sugestões com base em seus objetivos para aquela sessão. Por exemplo, se você está tentando superar o medo de voar, eles podem dizer que o avião é uma extensão do seu corpo e fazer você se imaginar flutuando com o avião no céu.

O paciente deve estar tão concentrado nas palavras do hipnotizador que todo o resto desaparece, explica David Spiegel, psiquiatra da Universidade de Stanford e um dos principais pesquisadores da Hipnose. O objetivo é que as sugestões que a pessoa ouve nesse estado de transe mudem sua perspectiva, sentimentos e, eventualmente, comportamentos.

Além da Hipnose presencial tradicional, há sessões de Hipnose online e uma série de aplicativos com vídeo e áudio pré-gravados; alguns também marcam sessões com os hipnotizadores de maneira remota. Esses geralmente são genéricos e funcionam em problemas comuns, como insônia e tabagismo.

Quem pode se beneficiar da Hipnose?

Tonja Langis, de 47 anos, foi diagnosticada com transtorno de estresse pós-traumático complexo que, no seu caso, é acompanhado por dor crônica, ansiedade e perda de autoconfiança. Ela tem feito terapia individual e em grupo para traumas pelos últimos 11 anos e tentou uma variedade de tratamentos. Langis iniciou sessões de terapia de Hipnose em pequenos grupos há quase um ano e, agora, faz sessões individuais uma vez por semana com seu psicólogo em Nashville, no Tennessee.

Durante as sessões, Langis diz que há um “distanciamento das sensações de dor” que ela normalmente sente, e que se sente “muito confortável” em seu corpo.

– Parece um estado de relaxamento mais profundo do que a meditação – relata.

A dor de cada pessoa é única, com diferentes causas e reações ao tratamento. Mas, segundo Afik Faerman, pesquisador de pós-doutorado em neuropsicologia clínica que trabalhou com Hipnose, “está muito claro agora” que a Hipnose pode ser eficaz para a dor. Ele explica que o controle da dor é uma das aplicações mais estudadas da Hipnose, com pesquisas sugerindo que é eficaz para ajudar as pessoas a lidar com dores agudas e crônicas .

Langis conta que a Hipnose a ajudou com a síndrome do intestino irritável (SII). Ela destaca que, desde o início da sessão:

– Só tive duas crises, o que é uma grande redução para mim.

As condições com as quais Langis lida – dor crônica, síndrome inflamatória intestinal (SII), estresse e ansiedade – são algumas das quais a Hipnose é mais comumente usada, além de também ser frequentemente usada para insônia e dependência. Porém, ela não vai funcionar com todos.

Pessoas com transtornos mentais extremos, esquizofrenia e outras formas de psicose não são bons candidatos à Hipnose, ressalta Lang, em parte porque tendem a não ser hipnotizáveis e também porque o tratamento pode ser emocionalmente difícil para pessoas com essas condições.

A própria hipnotizabilidade é outra limitação. Uma pessoa pode sucumbir imediatamente e prontamente aceitar as sugestões, enquanto outra nunca sentirá que está entrando em um estado hipnótico.

A capacidade de ser hipnotizado reside em uma curva em forma de sino, explica Spiegel. A pesquisa sugere que 10% a 15% das pessoas são incrivelmente hipnotizáveis, enquanto outros 10% a 15% se esforçam para serem hipnotizados ou até mesmo não conseguem ser. O resto, a maior parte das pessoas, está em algum lugar no meio – de leve a moderadamente hipnotizável.

É difícil dizer o quão hipnotizável alguém é sem uma triagem formal. A radiologista Lang conta que viu pessoas extremamente céticas se tornarem muito hipnotizáveis, e pessoas animadas para tentar a Hipnose descobrindo que a técnica não funciona para elas.

– Vejo a Hipnose como um talento ou uma habilidade – defende Mark P. Jensen, psicólogo da saúde na University of Washington School of Medicine, comparando a habilidade com um bom ouvido para música. – Algumas pessoas são Mozarts, mas a maioria de nós, não.

A Hipnose é melhor aplicada quando combinada com diferentes tipos de terapia, como a terapia cognitivo-comportamental, esclarece o pesquisador Faerman.

– A Hipnose junta com a TCC é mais eficaz do que qualquer uma delas individualmente – defende, como evidenciado em pesquisas sobre sua eficácia no tratamento de obesidade, dor e angústia em pessoas com fibromialgia e transtorno de estresse agudo .

Para Lindsey C. McKernan, uma psicóloga do Vanderbilt University Medical Center que usa a Hipnose em seus tratamentos, o treinamento da técnica veio com seu treinamento para psicóloga. Mas, nem todo psicólogo clínico necessariamente terá esse treinamento. Para encontrar um hipnotizador, a pessoa deve primeiro procurar terapia com um terapeuta licenciado que possa trabalhar com ela na Hipnose ou encaminhá-la para alguém que possa. (Os especialistas recomendam primeiro consultar um profissional licenciado antes de começar com aplicativos ou gravações.)

Se você tentar, espere trabalhar nisso.

Como hipnotizador, o psiquiatra Spiegel afirma:

– Meu trabalho é identificar sua capacidade de ser hipnotizado, e estimulá-lo e ensiná-lo a usar essa capacidade para resolver um problema. – Como em outras terapias, ver os resultados da Hipnose requer tempo e prática. Se a pessoa está enfrentando uma doença crônica, será necessário um tratamento regular.

Rachael Howe, de 32 anos, tem dores crônicas nas costas desde que descobriu três hérnias de discos entre 2013 e 2016. Tanto a dor física quanto o sofrimento mental a impediam de ter uma boa noite de sono. Howe, que mora em Auburn, Washington, tentou anos de terapia física e psicoterapia, além de medicamentos, mas conta que eles não ajudaram muito.

Cerca de um ano e meio atrás, ela tentou uma sessão de Hipnose remota, indicada por um terapeuta anterior. Em uma sessão inicial de relaxamento e sono, a psicóloga a levou para um passeio imaginário pelas montanhas Cascade, onde Howe havia se casado.

Conforme caminhava, Howe lembra de sentir a dor desaparecer enquanto seu corpo afrouxava a tensão.

– Na verdade, acabei adormecendo – relata. A sessão foi encerrada e remarcada. – Não acredito que consegui algumas horas.

Howe tem feito muitas sessões desde então, concentrando-se em aumentar a calma, controlar a dor e reformular os pensamentos negativos.

– O cenário ideal é que os pacientes trabalhem com um hipnotizador e aprendam as habilidades para passar por essas sessões sozinhos – pontua David Patterson, terapeuta da Howe e especialista em dor e psicólogo clínico da University of Washington School of Medicine. Para ele, praticar dessa maneira é especialmente importante para condições “como dor crônica, em que você precisa de alívio por um longo período de tempo.”

Langis notou que o alívio imediato da dor e da fadiga que ela consegue através da Hipnose diminui depois de uns dias. Por isso, ela volta à técnica regularmente, passando por gravações de suas sessões anteriores. Afirma ainda que, com o passar do tempo, sente que está se aprofundando cada vez mais no estado hipnótico.

– Quanto mais eu pratico, mais eu vejo benefícios e, portanto, fico encorajada para praticar mais – confessa.

Depois de ouvir novamente as sessões e praticar para permanecer em estado hipnótico, Howe diz sentir que agora tem disciplina e habilidade para acalmar seu corpo e mente quando a dor aumenta.

– Não é como se funcionasse 100% do tempo – esclarece, mas afirma: – quanto mais você faz, mais você ganha com isso.

Reportagem na fonte:
https://oglobo.globo.com/saude/noticia/2023/03/os-efeitos-da-hipnose-contra-a-depressao.ghtml

Deborah Secco faz sessão de Hipnose com a filha

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Patrícia Kogut
Jornal O Globo

Deborah Secco faz sessão de Hipnose com a filha, Maria Flor, e vive momento inusitado

Deborah Secco, o marido, Hugo Moura, e a filha, Maria Flor, passaram por uma sessão de hipnose com Tiago Garcia, ex-diretor da Globo que é especialista no assunto, pós-graduado em Neurociências e Comportamento. Ele conta que foi um convite da atriz, que passou por um momento curioso:

Deborah Secco e a filha, Maria Flor, com Tiago Garcia
Foto: Arquivo pessoal

— Eles puderam experimentar algumas sugestões hipnóticas e aprender como utilizar a Hipnose para gerenciar a ansiedade e dor, além de dormir e comer melhor. Deborah, que nunca tinha comido berinjela, comeu nesse dia, sentindo gosto de Nutella. Também ensinei para ela uma técnica chamada “luva mágica”. É para usar com a Maria Flor para reduzir a dor e a ansiedade antes e durante procedimentos médicos, como tomar uma vacina, por exemplo.

No início do ano, Marcelo Serrado também já tinha recorrido a Garcia. Seu objetivo era se preparar para viver o dublê Moacir de “Cara e coragem”. O diretor lançou, em 2021, o livro “Hipnose e neurociência – Explore o poder da sua mente”.

Confira os vídeos:

Deborah Secco, que nunca tinha comido berinjela na vida, comeu nesse dia, sentindo gosto de Creme de Avelã.
Veja o vídeo:

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Deborah Secco e a filha, Maria Flor, com Tiago Garcia
Vídeo: Tiago Garcia

Deborah e Maria Flor experimentam sugestões de Hipnose  de Relaxamento, Olhos Colados, Perda da Voz.
Veja o vídeo:

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Deborah Secco e a filha, Maria Flor, com Tiago Garcia
Vídeo: Tiago Garcia

Reportagem na fonte:
https://oglobo.globo.com/kogut/noticia/2022/09/deborah-secco-faz-sessao-de-hipnose-com-a-filha-maria-flor-e-vive-momento-inusitado.ghtml

Menino que só comia alimentos beges é curado com Hipnose

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Bethânia Nunes 
Metrópoles

Menino que só comia alimentos beges é curado por Hipnose, diz mãe

Caroline Young/Facebook

Noah Young evitou alimentos coloridos por oito anos. O transtorno alimentar restritivo evitativo (Tare) foi resolvido com sessões de Hpnose

O inglês Noah Young, 9 anos, passou a maior parte de sua vida comendo apenas alimentos de cor bege. A dieta extremamente limitada foi diagnosticada como transtorno alimentar restritivo evitativo (Tare) e tratada com sessões de hipnoterapia, segundo revelou a mãe do menino, Caroline Young, ao jornal The Sun.

The Mirror

As preferências alimentares de Noah começaram a mudar quando ele tinha apenas um ano e meio. Desde então, as refeições do menino ficaram cada vez mais restritas até se limitarem a cereais secos, torradas, panquecas, macarrão sem molho, batatas fritas, nuggets de frango e pizza.

“Ele costumava comer macarrão com molho, mas depois só queria simples. Noah foi mandado da escola para casa por se sentir mal depois que o fizeram comer cenouras”, conta Caroline.

Condição rara

O Tare é uma condição relacionada à sensibilidade em relação às características dos alimentos: textura, cor, sabor, aparência, temperatura e cheiro, e pode causar prejuízos para o desenvolvimento físico, cognitivo e psíquico dos indivíduos. Noah teve um crescimento mais lento do que a maioria das crianças da mesma faixa etária.

“Tentar fazê-lo comer qualquer coisa saudável era um desafio, ele chorava e engasgava. Quando começou a piorar, nós percebemos que ele não crescia e fiquei preocupada que ele não fosse se desenvolver”, lembra a mãe.

Caroline conta que levou o filho a consultas médicas, mas só teve sucesso depois de sessões de Hipnose. 

O profissional fez um hipnotismo focado no futebol, onde a criança se viu com os companheiros de equipe desfrutando de uma refeição saudável antes de um jogo. Depois da sessão, o menino experimentou 22 tipos diferentes de alimentos, principalmente frutas.

The Mirror

“É um progresso muito bom. Ele não passou mal desde então e agora percebe que esses alimentos não vão machucá-lo”, diz Caroline.